O comentarista José Eduardo Cardozo e o cientista político e diretor-executivo do Livres, Magno Karl, discutiram, nesta quinta-feira (5), em O Grande Debate (de segunda a sexta-feira, às 23h), se o avanço dos governadores da direita ameaça o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas eleições presidenciais de 2026.Um levantamento Genial/Quaest aponta que nomes da direita ganharam fôlego e surgem empatados tecnicamente com Lula. É o caso dos governadores Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP), Ratinho Júnior (PSD-PR) e Eduardo Leite (PSD-RS).Cardozo enxerga que é muito cedo para avaliar o cenário político de 2026. Leia Mais Waack: Maioria dos eleitores não quer nem Lula, nem Bolsonaro Lula, Janja e casal Macron tiram selfie com Torre Eiffel verde e amarela Análise: Lula não é favorito para 2026, mas tem a máquina “Do outro lado eu tenho a vantagem de ter um antigoverno muito forte a partir da herança deixada por Jair Bolsonaro, mas uma indefinição de quem será”, avaliou.“Eu acho que é tudo muito embrionário. Alguns desses governadores podem se legitimar sobre os outros? Podem. Aqueles que se legitimarem podem tomar tiros inclusive do Bolsonaro e de pessoas próximas a ele? Pode. Será que Bolsonaro vai aceitar que um governador ocupe o seu espectro político? Não sei”, ponderou.Karl avalia que a direita está mais consolidada para a disputa em comparação a eleições anteriores.“O Brasil não tem, desde a redemocratização, um histórico muito favorável aos ex-governadores. Fernando Collor de Mello foi eleito depois de ser governador, mas o estado de Alagoas tem tanta população quanto o Distrito Federal. Nós tivemos outros governadores candidatos à Presidência, nenhum deles teve muito sucesso, mas hoje existe uma oposição politicamente muito organizada”, disse.“Existe hoje um grupo de eleitores que se identifica com a direita de uma forma que nos dois primeiros mandatos de Lula não existia”, finalizou.