O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), afirmou ser contra a criação de uma cota de 20% de cadeiras para mulheres no Congresso Nacional. A proposta está em debate no Senado como parte da reforma do Código Eleitoral.Segundo o senador, reservar vagas por obrigação comprometeria a qualidade da representação. Para ele, a participação feminina deve ser ampliada por meio de incentivos e mudanças estruturais, e não por imposição legal. Apesar de reconhecer a baixa presença de mulheres na política, Alcolumbre acredita que a cota seguiria “no sentido inverso”. Hoje, apenas 16 das 81 vagas no Senado são ocupadas por mulheres (19,75%). Na Câmara, o número também é reduzido: 91 deputadas entre 513 parlamentares (17,7%).A proposta de cota foi incluída pelo relator da reforma, senador Marcelo Castro (MDB-PI), em substituição ao modelo atual, que exige 30% de candidaturas de cada sexo.Alcolumbre também defendeu a votação urgente da reforma do Código Eleitoral, argumentando que o Brasil precisa de uma legislação clara e ampla para evitar “remendos pré-eleitorais”. O projeto está em análise na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).Desde 1995, o país conta com cotas mínimas de candidaturas femininas. A partir de 2018, o TSE e o STF determinaram que os recursos dos fundos partidário e eleitoral também devem ser distribuídos proporcionalmente. A medida, no entanto, acabou dando margem a fraudes com candidaturas laranjas.O debate no Senado mostra que, mesmo com avanços pontuais, a presença feminina no poder legislativo segue como um dos grandes desafios da democracia brasileira.Leia Mais:Telessaúde chega a Itacoatiara e amplia atendimento remoto para 18 unidades no AmazonasEntre bolsonaristas, aprovação de Haddad é maior que a de Lula, mostra PoderDataAfeam libera linha de crédito para advogados no AM; recém-formados também poderão pedir