As exportações e a produção industrial da Alemanha caíram mais do que o esperado em abril, uma vez que a demanda dos Estados Unidos diminuiu após meses de fortes compras em antecipação às tarifas norte-americanas, mostraram dados oficiais nesta sexta-feira (6).A maior economia da Europa cresceu no primeiro trimestre, ajudada pelas exportações e pela antecipação da indústria antes das tarifas dos EUA, mas esse efeito começou a se reverter em abril, quando as exportações alemãs caíram 1,7% em relação ao mês anterior.Analistas previam uma queda de 0,7% em uma pesquisa da Reuters. Leia Mais Economia pode resistir a impacto de tarifas dos EUA, diz BC do Japão Musk diz que tarifas de Trump causarão recessão na economia dos EUA Membro do BCE diz que ciclo de corte de juros deveria ser encerrado As exportações de mercadorias para os EUA caíram 10,5% em comparação com março, enquanto as exportações para outros países da União Europeia aumentaram 0,9%, de acordo com o Escritório Federal de Estatísticas.Os EUA foram o principal parceiro comercial da Alemanha em 2024, com o comércio bilateral de mercadorias totalizando 253 bilhões de euros, e a economia do país deve figurar entre as mais afetadas pelas tarifas lançadas pelo governo do presidente Donald Trump, já que é voltada para exportações.Tarifas sobre aço agrava situação já difícil para o setor, diz presidente da Aço Brasil | Money NewsEmbora os exportadores alemães devam se beneficiar de uma recuperação econômica moderada esperada na UE, muito dependerá do andamento das negociações comerciais entre Bruxelas e Washington, disse Cyrus de la Rubia, economista-chefe do Hamburg Commercial Bank.Trump estabeleceu o prazo de 9 de julho para que a União Europeia e outros parceiros comerciais cheguem a acordos e evitem tarifas elevadas.O escritório de estatísticas também disse que a produção industrial alemã caiu 1,4% em abril na comparação mensal, mais do que o declínio de 1,0% previsto em uma pesquisa da Reuters, e revisou para baixo o crescimento de março para 2,3%, em relação a 3,0% anteriormente.Brasil lidera vendas de veículos elétricos na América Latina