O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou nesta quarta-feira (4) um decreto que restringe a entrada de cidadãos de 19 países, alegando riscos à segurança nacional. A decisão atinge 12 nações com proibição total de entrada e outras 7 com restrições parciais a vistos de turismo, negócios, estudo e intercâmbio.A medida marca o retorno da política migratória mais rígida de Trump, semelhante à que foi adotada em seu primeiro mandato (2017–2021). Segundo o texto, os países afetados foram incluídos com base em três critérios principais:Alta taxa de permanência irregular (overstay);Falta de cooperação na repatriação de deportados;Risco à segurança nacional por presença de organizações terroristas ou ausência de controle estatal.Leia tambémTrump está perdendo a paciência com críticas de Musk a projeto de lei republicanoMusk também teria ficado irritado com a decisão de Trump de retirar a indicação de um aliado importante para liderar a NASAEUA x Alexandre de Moraes: Sanções podem chegar até a confisco de salário do ministroAnalistas ouvidos pelo InfoMoney avaliam que são reais as chances de se concretizar uma ofensiva do governo Donald Trump contra ministro do STF brasileiroPaíses com proibição totalEntre os 12 países com proibição total de entrada nos EUA estão Afeganistão, Haiti, Irã, Iêmen, Líbia e Somália. A Casa Branca cita como argumentos o descontrole territorial, ausência de emissão confiável de documentos e, em alguns casos, vínculo com grupos terroristas.Chamam atenção os dados de overstay em categorias de visto como turismo e intercâmbio. A Guiné Equatorial, por exemplo, registra permanência irregular de 70,18% entre estudantes e intercambistas; a Eritreia tem índice de 55,43% na mesma categoria.Restrições parciaisOutros sete países – como Cuba, Venezuela e Turcomenistão – sofreram restrições parciais. Nesses casos, os EUA suspenderam concessões de visto em algumas modalidades e reduziram sua validade. A justificativa inclui o descumprimento de acordos de repatriação e omissão em compartilhar dados de segurança.Lista pode crescerNas redes sociais, Trump afirmou que a lista de países “pode ser revista a qualquer momento” e que outras nações poderão ser incluídas. A Casa Branca informou que os critérios são técnicos e baseados em relatórios anuais sobre imigração, segurança e cooperação internacional.Brasil fora da listaO Brasil não foi incluído entre os países com restrição. Dados do governo americano mostram que os brasileiros registraram, em 2023, uma taxa de overstay de 1,62% em vistos de turismo e 4,60% em intercâmbio, abaixo da média dos países afetados.Apesar disso, o clima diplomático entre os dois países vem apresentando atritos pontuais. Autoridades ligadas ao governo Trump indicaram que, em caso de ações de censura contra cidadãos americanos, membros do governo brasileiro poderiam ser alvo de sanções ou restrições específicas.The post Por que Trump restringiu a entrada de cidadãos de 19 países nos EUA? Entenda appeared first on InfoMoney.