A Procter & Gamble (P&G) informou nesta quinta-feira (5/6) que deve cortar cerca de 7 mil empregos nos próximos 2 anos, o que representaria cerca de 6% de sua força de trabalho.As projeções foram apresentadas por executivos da companhia – a maior empresa de bens e consumo do mundo – durante uma conferência promovida pelo Deutsche Bank, em Paris (França).A medida faz parte do plano de reestruturação financeira da P&G, em meio a um cenário desafiador na demanda por seus produtos e diante de custos mais elevados por causa da “incerteza tarifária”.Até o fim de junho do ano passado, a P&G contava com 108 mil funcionários. Leia também Negócios Demissões na Microsoft: quase 7 mil devem ser mandados embora Negócios Mergulhada na crise, Nissan fará demissões em massa, com 20 mil cortes Negócios Volvo diz que demitirá 3 mil funcionários após queda nos lucros Negócios Volkswagen: programa de demissão voluntária atinge 20 mil na Alemanha Efeitos do tarifaçoA companhia vem sofrendo com os impactos do tarifaço comercial imposto pelo governo do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que abalou os mercados globais e ampliou os temores de uma recessão na maior economia do mundo – os EUA são o principal mercado da P&G.Nesta quinta-feira, o chefe de operações da P&G, Shailesh Jejurikar, classificou o cenário geopolítico global como “imprevisível”.Estimativas da Reuters apontam que a guerra comercial deflagrada por Trump contra a China e mais de uma centena de países teria custado às empresas mais de US$ 34 bilhões, seja em vendas que não foram feitas ou em custos mais altos.