Com o caso parado na Justiça, as mortes do jornalista inglês Dom Phillips e do indigenista Bruno Araújo Pereira completam três anos nesta quinta-feira (5). Ativistas pela proteção das florestas, os dois foram mortos em 5 de junho de 2022, nas proximidades da terra indígena Vale do Javari, em Atalaia do Norte (AM).Dom Philips estava trabalhando em um livro sobre meio ambiente com apoio da Fundação Alicia Patterson, era correspondente do The Guardian e morava em Salvador. Ele fazia reportagens sobre o Brasil há mais de 15 anos para jornais como o próprio The Guardian, além de Washington Post, New York Times e o Financial Times.Bruno Pereira já tinha ocupado a Coordenação-Geral de Índios Isolados e Recém Contatados da Fundação Nacional do Índio (Funai) antes de se licenciar da fundação, sem vencimentos, e trabalhar para a União dos Povos Indígenas do Vale do Javari (Univaja). Por sua atuação em defesa das comunidades indígenas e da preservação do meio ambiente, recebeu diversas ameaças de morte.Veja abaixo uma linha do tempo do caso: Leia Mais 3 anos das mortes de Bruno e Dom: conheça o livro póstumo do jornalista Caso Bruno e Dom: TRF nega pedido para levar acusado a júri popular Funai encontra indígena isolado no Amazonas A União dos Povos Indígenas do Vale do Javari (Unijava) lançou um manifesto intitulado “Três anos sem Bruno e Dom”, reiterando que as vozes e ideias deles permanecem presentes na luta pela proteção da floresta e dos povos indígenas.“Bruno e Dom estão presentes em cada palavra livre, em cada reportagem corajosa, em cada ato de resistência, em cada defesa da democracia, dos direitos humanos e da liberdade de imprensa”, disse a organização em um trecho do manifesto.O presidente Lula (PT) também homenageou os dois e relembrou o caso. “A melhor maneira de honrá-los é garantir que suas lutas não foram em vão e assegurar que permaneceremos firmes na defesa da democracia, da paz e do desenvolvimento sustentável”, afirmou. Esta data também é um triste marco para os que lutam pelo meio ambiente e os povos indígenas. Há três anos, Bruno Pereira e Dom Phillips, dois gigantes na defesa da Amazônia, foram covardemente assassinados. O Brasil e a UNESCO decidiram homenageá-los batizando com seus nomes as…— Lula (@LulaOficial) June 5, 2025Caso Dom e Bruno: PF conclui que mortes foram por vingança | LIVE CNN