Os chamados “Arquivos Epstein” voltaram ao noticiário nesta quinta-feira (5), desta vez por causa de uma declaração do bilionário Elon Musk. Em uma postagem nas redes sociais, Musk acusou o presidente americano Donald Trump de estar nos documentos relacionados a Jeffrey Epstein, o magnata condenado por crimes sexuais cujas conexões com famosos e poderosos alimentaram teorias conspiratórias pelo mundo.Quem é Jeffrey Epstein? Investidor próximo a celebridades, políticos e membros da realeza, Epstein foi preso pela primeira vez em 2005 em Palm Beach, Flórida, acusado de abusar sexualmente de meninas menores de idade. Em um acordo de delação controverso em 2008, ele se declarou culpado de aliciar uma menor de idade e cumpriu 13 meses de prisão. Mas, apesar da condenação, Epstein continuou frequentando círculos sociais da elite. Ele voltou ao noticiário em 2018, após uma investigação do jornal Miami Herald, levando os promotores federais de Nova York a acusá-lo em 2019 por tráfico sexual. Ele se suicidou em uma prisão federal em agosto de 2019 enquanto aguardava julgamento. Após sua morte, os promotores federais também condenaram a ex-companheira de Epstein, Ghislaine Maxwell, por seu papel no recrutamento das vítimas menores de idade de Epstein. Ela cumpre uma pena de 20 anos.O que são os “Arquivos Epstein”?Os “Arquivos Epstein” referem-se a milhares de documentos, vídeos e materiais reunidos por autoridades federais e estaduais dos EUA em múltiplos casos ligados a Epstein e seus associados. Embora muitos documentos judiciais, especialmente dos casos de 2008 na Flórida e de 2019 em Nova York, tenham sido tornados públicos, outros permanecem lacrados ou com trechos censurados.Qual é o status atual dos arquivos?O governo dos EUA afirmou que está fazendo uma revisão interna dos materiais relacionados a Epstein, mas até agora apenas alguns registros foram liberados. A procuradora-geral Pam Bondi afirmou que o FBI está analisando dezenas de milhares de vídeos e documentos, que serão divulgados após a remoção de informações para proteger vítimas e investigações em andamento.O diretor do FBI, Kash Patel, e o vice-diretor Dan Bongino, afirmaram ter visto o arquivo completo e mantêm a versão que Epstein morreu por suicídio. Eles também anunciaram que imagens da câmera de vigilância da cela de Epstein serão liberadas nos próximos meses.Qual o mistério sobre o caso?O histórico político de Trump inclui promessas de expor o “estado profundo” e revelar verdades ocultas, incluindo referências a Epstein. No entanto, apesar de ter liberado mais de 63 mil páginas relacionadas ao assassinato de JFK, ele não cumpriu totalmente a promessa de divulgar os arquivos de Epstein, o que alimenta a desconfiança.Apesar da pressão pública, questões-chave permanecem sem resposta, como quem exatamente está nomeado nos arquivos e quando o material será totalmente divulgado. Nenhuma fonte oficial confirmou a presença de Trump nos documentos, e Musk não apresentou provas para sua alegação.O que motivou a declaração de Musk?A acusação de Musk surge em meio a um desentendimento pessoal e político com Trump, a quem havia apoiado meses antes. Após criticar um projeto de lei federal apoiado por Trump, o presidente ameaçou retirar bilhões em contratos governamentais das empresas de Musk. A declaração explosiva sobre os arquivos Epstein, feita sem provas, foi vista por muitos como retaliação, mas reacendeu o debate público sobre transparência governamental.O que esperar daqui para frente?O Departamento de Justiça afirmou que mais liberações estão por vir, incluindo possíveis imagens de vigilância da prisão de Epstein, mas não divulgou um cronograma. A demora é justificada pela necessidade de proteger vítimas, embora alguns grupos vejam isso como obstrução. Não há planos para a divulgação completa dos nomes relacionados aos arquivos, apesar dos apelos de diversos setores.The post Escândalo sexual, famosos, mistérios: entenda o que são os “Arquivos Epstein” appeared first on InfoMoney.