A militante Gabriela Mariel, de 33 anos, foi vítima de feminicídio, crime ocorrido na madrugada dessa quarta (4/6), em Mauá, na região metropolitana de São Paulo. Uma das lideranças do Movimento de Mulheres Olga Benario no ABC, ela foi morta pelo marido e deixa uma filha, de 9 anos.“É com profundo pesar e muita revolta que informamos a morte de nossa grande camarada Gabi. Mãe solo, trabalhadora da escala 6×1, PCD, era uma das principais responsáveis pelo trabalho do Movimento de Mulheres na cidade de Mauá”, noticiou a organização da qual Gabriela fazia parte.De acordo com o movimento, a militante foi coordenadora da Ocupação da Mulher Operária Alceri Maria Gomes da Silva e esteve na linha de frente na luta pela Delegacia da Mulher 24 horas em Mauá, “pelos serviços de atendimento às vítimas de violências e pelo direito das mulheres e das crianças”. Leia também Brasil 8 de Março: em 5 anos, Brasil teve mais de 7 mil feminicídios Guilherme Amado A cada 15 horas uma mulher foi vítima de feminicídio em 2023 no Brasil Casos de feminicídio na regiãoO Movimento Olga Benario destacou, em nota à imprensa, que o Brasil é o quinto país do mundo que mais assassina mulheres.Segundo a organização, o assassinato de Gabriela é o sexto caso de feminicídio da região, só neste ano.“Por isso o enfrentamento à violência contra as mulheres se faz urgente”, disseram as militantes.O movimento denunciou ainda que Mauá não possui uma Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) 24 horas para atender mulheres vítimas de violência.“Nos últimos meses, Gabi reunia mulheres e, junto ao movimento, estavam colhendo assinaturas para o baixo assinado por uma delegacia 24h em Mauá”, diz a nota.O Metrópoles questionou a Secretaria da Segurança Pública (SSP) sobre a ausência de uma DDM 24h em Mauá e aguarda um posicionamento.A pasta também foi questionada sobre mais detalhes do feminicídio de Gabriela e ainda não retornou a reportagem. O espaço segue aberto.Militantes protestam após caso de feminicídioO Movimento de Mulheres Olga Benario organizou uma manifestação, às 5h da manhã dessa quarta, na frente da estação Mauá da CPTM. Segundo a organização, o protesto reuniu mais de 160 pessoas com velas e cartazes.8 imagensFechar modal.1 de 8Feminicídio de Gabriela Mariel, de 33 anos, motivou protesto em Mauá.Divulgação/Movimento de Mulheres Olga Benario2 de 8Protesto reuniu mais de 160 pessoas com velas e cartazes. Divulgação/Movimento de Mulheres Olga Benario3 de 8Movimento denuncia que que Mauá não possui uma Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) 24 horas para atender mulheres vítimas de violência.Divulgação/Movimento de Mulheres Olga Benario4 de 8O Movimento Olga Benario destacou, em nota à imprensa, que o Brasil é o quinto país do mundo que mais assassina mulheres.Divulgação/Movimento de Mulheres Olga Benario5 de 8Segundo a organização, o caso da Gabriela é o 6° caso de feminicídio da região só neste ano. Divulgação/Movimento de Mulheres Olga Benario6 de 8Novo protesto está previsto para acontecer às 17h desta sexta (6/6), também na frente da estação Mauá, na Avenida Rio Branco.Divulgação/Movimento de Mulheres Olga Benario7 de 8Gabriela foi morta pelo marido e deixou uma filha de 9 anos.Divulgação/Movimento de Mulheres Olga Benario8 de 8Ela era uma das lideranças do Movimento de Mulheres Olga Benario no ABC Paulista.Reprodução/Redes sociais“O ato teve a solidariedade e participação do Diretório Central Estudantil da Universidade Federal do ABC (DCE-UFABC), Associação Regional dos Estudantes Secundaristas do ABC (ARES-ABC), do Movimento de Luta nos Bairros, Vilas e Favelas (MLB) e do Partido Unidade Popular (UP), ao qual Gabi era filiada”, informou o movimento.Um novo protesto está previsto para acontecer às 17h desta sexta (6/6), também na frente da estação Mauá, na Avenida Rio Branco.“Nossa maior homenagem é nenhum minuto de silêncio e uma vida inteira de lutas”, afirmam as militantes.