Dilma relembra críticas por “estocar vento” e diz que estava correta

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Durante entrevista em evento do Brics no Rio de Janeiro, a presidente do NBD (Novo Banco de Desenvolvimento) e ex-presidente da República, Dilma Rousseff, relembrou as críticas que recebeu quando tratou sobre “estocar o vento” na ONU (Organização das Nações Unidas), em 2015.Neste sábado (5), Dilma reforçou que estava correta sobre o caso e reclamou, dizendo que não havia sito bem interpretada com a declaração.“No passado, lembro que disse que tinha que armazenar vento e sol. Pois muito bem, saibam que essa é uma das áreas mais importantes para resolver problemas como o que ocorreu em Portugal e na Espanha”, afirmou. Leia Mais Dilma diz não ver sinal de desdolarização, mas países buscando segurança Banco do Brics aprova carteira de 29 projetos de US$ 7 bi para o Brasil Dilma confirma entrada de Uzbequistão e Colômbia no Banco do Brics À época, Dilma disse que a tecnologia seria necessária, ajudando a produção da energia eólica e, assim, beneficiando “o mundo inteiro”.“Hoje, nós usamos as linhas de transmissão. Você joga (a energia) de lá para cá, de lá para lá, para poder capturar isso (a energia). Mas se tiver uma tecnologia desenvolvida, todos nós nos beneficiaremos, o mundo inteiro”, falou durante discurso na ONU em 2015.Sinal vermelho à desdolarizaçãoNo mesmo evento, Dilma disse que não vê sinal de desdolarização, mas países usando moedas próprias e busca por segurança.“Eu não vejo, claramente, nenhum sinal de desdolarização. O que eu vejo é muitos países usando suas próprias moedas para comerciar. Eu estou vendo também uma busca por segurança, todo mundo quer segurança. Acho que está havendo muita diversificação e quem decide isso é o mercado […] e até onde eu saiba, o mercado financeiro internacional continua dolarizado”, afirmou Dilma.A presidente do NBD também mencionou que os Estados Unidos passaram por uma desindustrialização e possuem um problema sério no balanço de pagamentos, já que o dólar, como moeda hegemônica, tem de ser fornecida ao mundo e isso implica em déficits de conta-corrente — com o benefício de financiar a um custo mais baixo.Publicado por Danilo Cruz