Pesquisadores da Universidade Rovira i Virgili, na Espanha, identificaram mais um benefício da dieta mediterrânea. A partir da revisão de 13 estudos, envolvendo 926 pessoas com doenças hepáticas metabólica associada à gordura (MASLD), os cientistas descobriram que ela também oferece vantagens para o fígado. A novidade foi publicada na revista Nutrients, em abril.“Esta revisão sugere que estratégias baseadas na dieta mediterrânea e no jejum intermitente podem reduzir o peso corporal, melhorar o controle glicêmico e diminuir a inflamação, com possíveis benefícios para a função hepática”, escreveram os autores.Embora o jejum intermitente também tenha mostrado efeitos positivos, foi a dieta mediterrânea que apresentou os resultados mais consistentes. A estratégia alimentar visa a ingestão de frutas, vegetais e grãos integrais, nozes, azeite, peixe e aves, com pouco açúcar, carne vermelha e alimentos ultraprocessados.Benefícios da dieta mediterrânea - Seguir a dieta mediterrânea ajuda a reduzir gordura no fígado, inflamações e enzimas hepáticas alteradas — fatores associados à MASLD.O padrão alimentar está associado à perda de peso moderada, melhor sensibilidade à insulina e controle da glicose, o que reduz o risco de diabetes tipo 2.A dieta é baseada em vegetais, frutas, grãos integrais, legumes, azeite de oliva, nozes, peixes e aves — com baixo consumo de carne vermelha, açúcar e ultraprocessados.Estudos mostram que esse tipo de alimentação melhora a saúde do coração, reduz inflamações crônicas e ajuda na prevenção de certos tipos de câncer e doenças neurodegenerativas.Os dados sugerem que esse padrão alimentar pode ajudar a reduzir a gordura no fígado, aliviar inflamações no corpo, além de melhorar a sensibilidade à insulina. Apesar de os resultados serem promissores, os pesquisadores enfatizam a necessidade de que “estudos adicionais de longo prazo são necessários para confirmar esses efeitos e entender os mecanismos envolvidos”.Aderir à dieta mediterrânea pode ser uma estratégia promissora e relativamente simples para prevenir ou controlar a MASLD, apoiada por evidências científicas iniciais. Ainda assim, novas pesquisas são necessárias para validar os efeitos a longo prazo.Fonte: Metrópoles