Congresso: a “baleia branca” de Lula 3?

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O que não era escondido de ninguém e tratado a cada dia mais com naturalidade, voltou a incomodar os brasileiros (que bom).A decisão dos presidentes da Câmara e do Senado, Hugo Motta e Davi Alcolumbre, teve repercussão maior do que o possível cálculo político feito: expôs a autonomia do Congresso com o sequestro do Orçamento, – e aqui volto a lembrar da questão das emendas parlamentares – seu calcanhar de Aquiles.Diante da traição do acordo firmado entre as partes, o Planalto não teve outra alternativa para frear a demonstração de força que não a de recorrer ao “conciliador”: o Supremo.Em decisão política que não dá uma vitória nítida nem para Congresso, nem para Governo – ficou claro que o STF não quis pesar em seus pratos mais uma frente. Porém, decisões anteriores sobre pautas similares, mostra que o ganho costuma ir para o Executivo.O doutor em Ciência Política, Fábio Kershe, analisou esse contexto em participação aqui no programa do Noblat:“A gente está num modelo ruim. Hoje tem deputados com muitos recursos, mandando emendas para lugares que a sociedade não tem controle nenhum. E ele dá ‘uma banana’ para o governo. Ele não precisa mais do governo. Então tá muito difícil a negociação.”Acrecenta ainda que a sorte é o presidente neste momento ser um político habilidoso. Diferente, segundo ele, de Bolsonaro, que “terceirizou o governo e o Congresso deitou e rolou”. O que estamos vivendo hoje, como país, é a tentativa de Lula em retomar um pouco, porém com menos ferramentas em atrair o parlamento para além da meta eleitoral de cada um.Seria esta a “baleia branca” do terceiro mandato de Lula?