O corpo da jovem Juliana Marins, que morreu durante uma trilha em um vulcão na Indonésia, foi enterrado na tarde desta sexta-feira (4), no Cemitério Parque da Colina, em Niterói, Região Metropolitana do Rio de Janeiro.Segundo Manoel Marins, pai de Juliana, a família desistiu de cremar o corpo após uma orientação por conta das circunstâncias da morte.“Tínhamos pedido para ela ser cremada, mas o juiz disse não porque era uma morte suspeita, não sei se o termo é esse, então ela teria que ser enterrada caso precisasse fazer uma exumação futura. Agora de manhã, quando eu acordei, fui surpreendido com a notícia de que a promotoria tinha permitido que ela fosse cremada, mas nós tínhamos decidido mesmo pelo sepultamento”, declarou o pai durante o velório.Na véspera do sepultamento, o juiz Alessandro Oliveira Felix, da Vara de Registros Públicos do Rio de Janeiro, chegou a autorizar a cremação do corpo, atendendo a um pedido da irmã da jovem, Mariana Marins. Na decisão, o magistrado destacou que o deferimento do alvará respeitava a dignidade da pessoa falecida e da família.Apesar da liberação judicial, a família optou por manter o enterro por conta da chamada morte suspeita. Juliana passou por uma autópsia na Indonésia, mas, por conta das questões levantadas pela família, passou pelo mesmo exame assim que o corpo chegou ao Brasil. A medida, segundo a Justiça, visa esclarecer a causa da morte.Familiares e amigos se reuniram na sexta para prestar as últimas homenagens à jovem publicitária, que morreu após uma queda durante uma trilha no Monte Rinjani, na Indonésia. Leia Mais Lula deve agradecer Indonésia por buscas de Juliana Marins em encontro Pai de Juliana Marins: Saí daqui para trazer minha filha viva, não consegui Caso Juliana Marins: Irmã relata expectativa para esclarecer morte Segunda autópsiaO corpo da publicitária Juliana Marins passou por uma nova autópsia na manhã de quarta-feira (2) no Instituto Médico Legal (IML) Afrânio Peixoto, no Rio de Janeiro.O exame foi conduzido por dois peritos da Polícia Civil, com acompanhamento de um agente da Polícia Federal e de um representante da família. A nova necropsia foi autorizada pela Justiça Federal após pedido da DPU (Defensoria Pública da União).De acordo com a polícia, a autópsia teve início às 08h30 e durou pouco mais de duas horas. Um laudo preliminar deve ser entregue em até sete dias.Segundo a defensora Taísa Bittencourt Leal Queiroz, o novo procedimento foi solicitado por “ausência de esclarecimento sobre a causa e o momento exato da morte” no laudo da polícia indonésia.Veja resultado da primeira autópsia de Juliana realizada na Indonésia A primeira autópsia, feita em um hospital de Bali, apontou múltiplas fraturas e lesões internas, descartando hipotermia. O legista indonésio disse que Juliana teria sobrevivido por até 20 minutos após o impacto, sem indicar o dia exato do acidente.O exame, no entanto, não trouxe detalhes sobre o dia da morte e nem como as fraturas foram causadas.A divulgação do laudo em coletiva de imprensa, antes de ser repassado à família, foi criticada por parentes. Usando o perfil criado pela irmã da jovem, Mariana Marins, para atualizar informações sobre o caso desde o inícios das buscas, os familiares destacaram como descaso o fato de não terem sido comunicados antes sobre o resultado da primeira autópsia.A Defensoria Pública também enviou ofício solicitando a abertura de inquérito pela Polícia Federal para investigar o caso.Veja linha do tempo do caso de Juliana Marins