Brics reitera pedido por reforma do conselho de segurança da ONU

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Na declaração final divulgada neste domingo (6), os países do bloco Brics — formado originalmente por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul — reiterou o pedido por uma reforma abrangente do Conselho de Segurança das Nações Unidas (ONU).O documento destaca a necessidade de tornar o conselho “mais democrático, representativo, eficaz e eficiente”.O Brics fala em aumentar a representação dos países em desenvolvimento na composição do Conselho em busca de uma estrutura que possa “responder adequadamente aos desafios globais predominantes”. Leia Mais Após isolar Irã, Brics faz gesto e condena ataques de EUA e Israel Críticas a Israel, protecionismo: a madrugada agitada até o acordo do Brics Agência da ONU retira inspetores nucleares do Irã e intensifica impasse Um ponto de destaque na declaração é o apoio explícito da China e da Rússia, membros permanentes do Conselho de Segurança, às aspirações do Brasil e da Índia. Recordando as Declarações dos Líderes de Pequim (2022) e Joanesburgo II (2023), os dois países reiteram seu endosso a um papel mais relevante para Brasil e Índia nas Nações Unidas, incluindo o Conselho de Segurança.Em sua fala de abertura do evento mais cedo, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez uma defesa da reforma do Conselho de Segurança.A declaração do Brics enfatiza o apoio às “aspirações legítimas dos países emergentes e em desenvolvimento da África, Ásia e América Latina, incluindo os países do Brics”, para que estes possam desempenhar um papel mais significativo nos assuntos internacionais, especialmente dentro da ONU e seu Conselho de Segurança.O bloco reconheceu as aspirações específicas dos países africanos, refletidas no Consenso de Ezulwini e na Declaração de Sirte, reforçando a ideia de que a reforma do Conselho de Segurança da ONU é fundamental para “ampliar a voz do Sul Global”.A insistência do Brics na reforma do principal órgão de tomada de decisões da ONU reflete a crescente insatisfação de diversas nações com a atual configuração do Conselho, que muitos consideram anacrônica e não mais representativa da realidade geopolítica global. O movimento visa a reequilibrar o poder dentro da estrutura da ONU, dando maior peso às nações em desenvolvimento e emergentes.