Aos 11 anos, a marca de moda fitness Let’s Gym, fundada por dois irmãos, projeta faturamento de R$ 24 milhões em 2025, um aumento de 20% em relação às vendas do ano passado, que ficaram na ordem dos R$ 20 milhões.A empresa foi fundada por Luana, de 37 anos, e Luciano Martins, de 50 anos, em Blumenau (SC), cidade natal da família. “Sou filha de um pedreiro e uma cabeleireira. Trabalho desde os 14 anos. Comecei no salão de beleza com a minha mãe e aos 17 anos encontrei o meu primeiro emprego, em um ateliê de estilistas europeus”, conta Luciana.Leia mais: Expansão nacional e novos produtos marcam a nova fase da Liv UpA empresária, formada em moda e pós-graduada em engenharia de produção, tem um extenso currículo no meio, e atuou como executiva de moda para grandes players do setor, como Lojas Renner (LREN3), Marisa (AMAR3) e Riachuelo (GUAR3); consultora focada em produções estrangeiras; além de ter lecionado nas áreas de tendências e modelagem em uma faculdade de Santa Catarina.“Um dia, conversando com o meu irmão, tive o estalo de fazer algo para mim. Ele me disse ‘Sempre vejo você correndo, para baixo e para cima, já fez tudo, sabe muita coisa. Agora você tem que abrir algo para você’. Absorvi aquilo e decidi me dedicar para algo meu. Fizemos isso juntos, em 2014”, conta.Leia mais: Da rua para a loja: segredos de quem começou pequeno e já faturou mais de R$ 1 milhãoHoje a Let’s Gym, que vende suas peças no atacado, para revendedores, e no varejo, por meio do seu site oficial, tem distribuição no Brasil e o Chile, vende para 27 países, tem mais de 80 colaboradores, uma fábrica própria, duas sedes, em Blumenau (SC) e Santa Maria (RS), e 675 clientes ativos (revendedores).A estratégia da influênciaEm junho, a empresa deu um novo passo: assumiu o DNA do marketing de influência e trouxe para o seu quadro societário Vanessa Lopes, uma influenciadora que acumula mais de 15 milhões de seguidores no Instagram e 32,2 milhões no TikTok – o que faz dela a terceira maior conta do país na rede chinesa.O anúncio da influenciadora como sócia da marca teve efeitos rápidos. “Além do ganho de seguidores, nosso alcance triplicou no Instagram, e nossas visualizações cresceram muito no TikTok. Registramos o maior pico de acessos da história do nosso e-commerce para o consumidor final e os nossos revendedores aumentaram a quantidade de pedidos”, compartilhou Luana.A estratégia era trazer alguém para o quadro societário que já se identificasse com a marca. “A Vanessa é a nossa persona. Uma mulher jovem, ligada ao cuidado da saúde física e emocional, que pratica esportes com constância. Optamos por trazer alguém que fizesse sentido no todo”, explica Luana.Lopes, que tem experiências com grandes marcas, como Adidas, Cola-Cola e Neutrogena, explica como um grande influenciador pode contribuir para a popularização da marca. “Muitos esperam que o grande influenciador converta, que aumente as vendas. Mas não é isso que necessariamente vai acontecer. Na verdade, essa é uma estratégia de branding, de aumento de consciência de marca, notoriedade e credibilidade. É isso que tem que estar por trás de uma ação ou parceira com um grande influenciador. A conversão se dá com ações com os pequenos influenciadores”, afirma.A empresa segue a cartilha, com o envio de produtos para micro, pequenos e médios influenciadores, que criam conteúdos usando as peças e publicam posts colaborativos, que são postados tanto nos perfis da Let’s Gym quanto do influenciador.Leia mais: Famosa no Instagram, Insider comemora 8 anos e projeta receita de R$ 600 mi em 2025O primeiro ganho gerado por essa estratégia é a economia. É mais comum entre influenciadores menores não cobrar necessariamente para postar e, na verdade, trabalhar no formato de permuta (troca): recebendo o produto e fazendo uma postagem usando-o em retribuição.O segundo ganho, para Vanessa, é o verdadeiro poder de influência sobre o público. “As pessoas tem vontade de consumir o que é real, o que está próximo do universo delas. E é aqui que o micro, pequeno e até médio influenciador entram. Eles sim tem a capacidade de converter, porque estão próximos do público. O que eles fazem, o que consomem não parece distante para as pessoas, como ocorre no caso de um influenciador com milhões de seguidores”, explica Vanessa.Projeção de crescimentoPara além da estratégia de marketing de influência, a empresa foca em aumento nos canais de venda da marca e a criação de uma loja conceito. Com essas estratégias, a expectativa é que o faturamento da Let’s Gym cresça 20% por ano no triênio vigente (de 2025 a 2027), o que significa um faturamento de mais de R$ 34,5 milhões em 2027.The post A estratégia da Let’s Gym ao trazer a influenciadora Vanessa Lopes como sócia appeared first on InfoMoney.