Com o aumento da disseminação de fake news, especialmente nas redes sociais, a Secretaria Municipal de Saúde reforça a importância da vacinação e esclarece os principais mitos que ainda geram dúvidas em parte da população. Segundo o diretor de Vigilância em Saúde, o infectologista Rodrigo Carneiro, não há razão para temer as vacinas, ao contrário: é essencial manter o calendário vacinal atualizado para evitar o retorno de doenças graves.“A vacina, antes de chegar à população, passa por diversas fases de estudo. São etapas rigorosas que avaliam a eficácia e a segurança do imunizante. Só depois de muitos anos de acompanhamento e testes é que ela é liberada para uso. Isso nos dá a certeza de que vacinas são seguras e eficazes”, afirma o especialista.Entre os mitos mais difundidos, Rodrigo destaca a falsa ideia de que vacinas podem transmitir doenças ou até causar autismo. “Essa história de que vacina causa autismo surgiu a partir de um estudo publicado no final do século passado. Depois se descobriu que o autor agiu de má fé e tinha interesses financeiros com laboratórios. Hoje a ciência já provou: não há qualquer relação entre vacinas e autismo. Essa narrativa é uma fake news perigosa e sem fundamento”, ressalta o infectologista.O médico também faz um alerta sobre os perigos de não vacinar as crianças. Doenças que já estavam erradicadas, como o sarampo, a difteria e a coqueluche, voltaram a aparecer em várias regiões, inclusive no estado do Rio de Janeiro. “A poliomielite, que causa a paralisia infantil, também corre risco de retornar. Os efeitos adversos das vacinas, em sua maioria, são leves e passageiros. O risco real está em deixar de vacinar e permitir que doenças potencialmente fatais voltem a circular”, explica Rodrigo.Rodrigo Carneiro reforça que vacinar é um ato de amor e responsabilidade coletiva. “Quando você vacina seu filho, protege não só ele, mas todos ao seu redor”, conclui o diretor de Vigilância em Saúde.Geneci Ribeiro, de 82 anos, foi até o Centro Municipal de Imunização para dar o exemplo e garantir sua proteção contra a gripe. “Faço questão de me vacinar todos os anos porque sei da importância, principalmente para nós, idosos. A vacina sempre foi fundamental para a nossa proteção. As pessoas precisam acreditar na vacina. Eu estou aqui, com 82 anos, firme e forte, sempre me vacinando”, afirmou o aposentado.