A Polícia Civil do Rio de Janeiro prendeu em flagrante, na noite dessa sexta-feira (4/7), três homens acusados de operar um serviço clandestino de TV a cabo no bairro de Cordovil, Zona Norte da capital. A ação foi realizada por investigadores da 38ª DP (Brás de Pina), que apuravam um esquema de “Gatonet” ligado ao Comando Vermelho (CV), uma das principais facções criminosas do estado.Segundo as investigações, o grupo preso distribuía ilegalmente pacotes de canais fechados de grandes operadoras para moradores da região, cobrando cerca de R$ 70 mensais por ponto. O serviço era oferecido com apoio logístico da facção, que cobrava uma espécie de “aluguel” para permitir o funcionamento da rede na comunidade. Leia também Mirelle Pinheiro “Xerifa”: ex de Nem da Rocinha é presa após parto em hospital do RJ Mirelle Pinheiro Ameaças de morte a auditor da Receita revelam esquema milionário Mirelle Pinheiro Bando que planejava matar auditor da Receita criou site com fake news Mirelle Pinheiro PF faz operação contra bando que planejava matar auditor da Receita A operação foi coordenada pelo delegado titular Bruno Ciniello e teve como alvo o desmantelamento do aparato técnico da rede clandestina, que incluía módulos amplificadores, medidores de sinal e outros equipamentos usados para transmitir o conteúdo via cabos instalados em postes públicos. A atuação ocorria majoritariamente à noite, como estratégia para evitar a fiscalização das autoridades.Foram presos Anderson de Oliveira Santos, de 32 anos; Felipe Candido da Silva, de 35; e Luiz Fernando de Souza Santos, de 38. De acordo com a polícia, Anderson e Felipe comandavam a operação, enquanto Luiz Fernando era responsável pela parte técnica e as instalações dos equipamentos.Durante a abordagem, foram apreendidos cinco amplificadores de sinal, um medidor, dezenas de metros de cabos e uma escada utilizada para os serviços nos postes. Estima-se que a rede atendesse mais de 100 residências em Cordovil.Os detidos foram autuados em flagrante por desenvolver clandestinamente atividades de telecomunicações cuja pena pode chegar a quatro anos de prisão.