Após Bradesco BBI, BTG, XP e Genial, chegou a hora do Santander rebaixar a recomendação do Banco do Brasil (BBAS3) de compra para manutenção. Já o preço-alvo saiu de R$ 45 para R$ 26, potencial de alta de 11%.A casa aproveitou o momento para retirar o banco tanto da sua carteira mensal quanto de dividendos para junho.E MAIS: Ações do setor de educação “na mira” do governo e do mercado esta semana; confira tudo no Money PicksSegundo o Santander, o motivo do corte é o conhecido: resultados fracos e muito abaixo do esperado. No primeiro trimestre, o BB reportou lucro de R$ 7,4 bilhões, enquanto o mercado projetava cifra de R$ 9 bilhões.Além disso, o ROE, retorno sobre o capita próprio, caiu quatro pontos percentuais, indo a 17%, abaixo dos 20%, número considerado mágico pelo mercado.“As ações podem ficar sob pressão no curto e médio prazo, especialmente diante de revisões baixistas de lucro e dividendo pelo consenso”.O Santander revisou recentemente o modelo do BB, com três principais mudanças sendo:redução da projeção de lucro para 2025 e 2026 em 20%;aumento do custo de capita próprio em mais de 250 bps (pontos-base);redução do ROE na perpetuidade para 16%.XP rebaixa Banco do BrasilA XP Investimentos também rebaixou a recomendação para os papéis do Banco do Brasil (BBAS3) para ‘neutro’ e cortou o preço-alvo de R$ 41 para R$ 32 por ação.A corretora também revisou para baixo suas estimativas de lucro líquido em 29% para 2025 (R$ 28 bilhões) e 28% para 2026 (R$ 30 bilhões).E MAIS: Analistas selecionaram 3 ações do setor de serviços básicos para buscar lucros de até 32% – confira quais sãoSegundo a casa, a redução nas projeções para este ano é explicada por uma queda de 12% na margem financeira líquida (NII), combinada com um aumento de 9% no custo de crédito.Apesar disso, o consenso de mercado ainda projeta um lucro líquido em torno de R$ 35 bilhões para o banco — estimativa que, na visão da XP, tende a ser revisada à medida que os investidores absorvem as mensagens mais conservadoras da gestão do banco.“O BB colocou as principais linhas de guidance para 2025 como ‘em revisão’, o que, em nossa avaliação, adiciona incerteza e contribui para uma desancoragem das estimativas para o ano”, explicou a corretora.