Na revisão do cenário para as empresas concessionárias de rodovias, o Bank of America (BofA) elevou a recomendação das ações da Ecorodovias (ECOR3) de venda para compra. O banco também aumentou o preço-alvo de R$ 4,80 para R$ 9 — o que representa um potencial de valorização de 33,3% sobre o preço de fechamento anterior.Nesta segunda-feira (2), as ações da concessionária operam em alta. Por volta de 15h50 (horário de Brasília), ECOR3 subia 3,56%, a R$ 6,99. new TradingView.MediumWidget( { "customer": "moneytimescombr", "symbols": [ [ "ECOR3", "ECOR3" ] ], "chartOnly": false, "width": "100%", "height": "300", "locale": "br", "colorTheme": "light", "autosize": false, "showVolume": false, "hideDateRanges": false, "hideMarketStatus": false, "hideSymbolLogo": false, "scalePosition": "right", "scaleMode": "Normal", "fontFamily": "-apple-system, BlinkMacSystemFont, Trebuchet MS, Roboto, Ubuntu, sans-serif", "fontSize": "10", "noTimeScale": false, "valuesTracking": "1", "changeMode": "price-and-percent", "chartType": "line", "container_id": "7776ee6"} ); Ecorodovias agora é compraPara a revisão positiva, os analistas consideraram o nível de alavancagem da companhia — ainda elevado, mas sustentável dentro das atuais condições favoráveis de mercado e nas recentes emissões de dívida, especialmente do BNDES e de títulos de infraestrutura incentivados.Segundo a equipe, a companhia financia de 75% a 100% dos investimentos (capex) de cada novo projeto, contra a estimativa anterior de 50%Nos últimos anos, a empresa garantiu concessões que exigem mais de R$ 49 bilhões em investimentos, totalizando R$ 55 bilhões em necessidades futuras — o que poderia ser um problema em cenário de juros mais altos, na avaliação do BofA. Porém, a Ecorodovias conseguiu garantir quase R$ 12 bilhões em dívidas no primeiro trimestre (1T25) a custos favoráveis, especialmente com o BNDES — “estando perto de cobrir sua lacuna de caixa para os próximos anos”. “A redução do risco de refinanciamento nos deixou confortáveis em aumentar o valor da alavancagem. Também nos tornamos mais construtivos em relação aos potenciais riscos de estouro de investimentos”, escreveram os analistas Rogerio Araujo, João Andrade e Gabriel Frazão em relatório.Aumento de capital à vista? Nas estimativas, os analistas do BofA ainda incluíram um aumento de capital de R$ 2 bilhões no cenário base considerando o preço atual da ação. Para eles, a operação seria suficiente para manter a relação dívida líquida/Ebitda abaixo de 5x, evitando o aumento dos riscos de inadimplência e dos custos da dívida no futuro. Hoje, a alavancagem da companhia está em 3,9 vezes a dívida líquida/Ebitda. A equipe considera que uma oferta de ações da companhia pode levar à redução de risco, mas, por outro lado, também a uma diluição de cerca de 30% para os atuais acionistas. E MAIS: Analistas selecionaram 3 ações do setor de serviços básicos para buscar lucros de até 32% – confira quais sãoNão é hora de comprar MotivaO BofA também considerou o nível de alavancagem da Motiva (MOTV3), antiga CCR, e aumentou o preço-alvo para as ações de R$ 13,30 para R$ 16,50 — o que representa um potencial de valorização de 22,4% sobre o preço de fechamento da última sexta-feira (30). A recomendação neutra para MOTV3 foi mantida.