Eletrobras quer sair da Eletronuclear devido à demora na entrega de usina

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A Eletrobras está empenhada em vender sua participação minoritária na Eletronuclear, estatal responsável pela operação das usinas nucleares brasileiras. A decisão está diretamente relacionada aos atrasos na entrega da usina nuclear de Angra 3, no Rio de Janeiro, conforme análise do economista Bruno Paolinelli.Angra 3 tem sido um projeto controverso desde seu início na década de 1980. Até o momento, foram investidos cerca de R$ 12 bilhões em valores atualizados, sem que a usina tenha gerado um único megawatt de energia. O dilema atual envolve custos astronômicos: são necessários R$ 23 bilhões para concluir a obra ou R$ 21 bilhões para abandoná-la, considerando rescisões contratuais e devoluções de incentivos. Leia mais COP30 será palco para Brasil promover minerais raros e captar recursos Moody's aproxima realidade e afasta grau de investimento, dizem analistas Alta do IOF: Setor privado diz que medida vai na contramão do crescimento Impasse financeiro e busca por soluçõesCom um custo anual que pode chegar a R$ 1,2 bilhão para manter a obra parada, a Eletrobras busca se desvencilhar deste problema. A empresa privatizada está disposta até mesmo a ceder mais cadeiras em seu conselho de administração ao governo em troca da permissão para se retirar da Eletronuclear.O governo Lula havia questionado o processo de privatização da Eletrobras, alegando que não fazia sentido o governo ter 40% das ações, mas apenas 10% dos votos. Em uma tentativa de resolver o impasse, a Eletrobras concordou em conceder duas vagas adicionais ao governo no conselho, que anteriormente ocupava apenas uma das nove cadeiras disponíveis.A saída da Eletrobras da Eletronuclear levanta questões sobre quem assumirá o controle das usinas nucleares brasileiras. Especula-se que a solução possa vir de estatais estrangeiras, possivelmente da China ou da Rússia. No entanto, a Constituição brasileira proíbe o controle direto de instalações nucleares por estrangeiros, permitindo apenas participação minoritária.Este cenário complexo reflete os desafios enfrentados pelo setor energético brasileiro, especialmente no que diz respeito a projetos de grande escala e longo prazo como Angra 3. A busca por uma solução que equilibre interesses econômicos, estratégicos e legais continua sendo um ponto crucial para o futuro da energia nuclear no país.Existe um problema estrutural na economia do mundo, diz professor Os textos gerados por inteligência artificial na CNN Brasil são feitos com base nos cortes de vídeos dos jornais de sua programação. Todas as informações são apuradas e checadas por jornalistas. O texto final também passa pela revisão da equipe de jornalismo da CNN. Clique aqui para saber mais.