Reação ao IOF: empresários defendem reformas e corte de gastos públicos

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O aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) anunciado pelo governo na semana passada segue dando o que falar no meio empresarial brasileiro, apesar da medida ter sido parcialmente revogada.Empresários como Rubens Menin, dono da construtora MRV, vem se manifestando nos últimos dias nas redes sociais a favor de outras medidas para enfrentar o déficit nas contas do governo.“A crise do IOF escancarou algo maior: não dá mais para postergar as reformas estruturais que o país precisa. É hora de encarar o problema de verdade: simplificar tributos, desvincular receitas e modernizar o Estado com uma reforma administrativa séria”, postou o empresário no X (antigo Twitter). A crise do IOF escancarou algo maior: não dá mais para postergar as reformas estruturais que o país precisa. É hora de encarar o problema de verdade: simplificar tributos, desvincular receitas e modernizar o Estado com uma reforma administrativa séria. Só assim vamos destravar a…— Rubens Menin (@rubensmenin) May 29, 2025Outro empresário, Walter Schalka, que é membro do conselho de administração da Suzano, afirmou ao jornal O Estado de São Paulo que é preciso rever os motivos que levam ao crescimento contínuo das despesas do governo.“Então, enquanto a gente não tiver uma reforma importante, da redução do custo do Estado, que pode ser por reforma administrativa e/ou privatização, ou combinação das duas coisas, a gente não vai conseguir sair do lugar. A gente vai ficar sempre administrando uma situação emergencial”, disse ao jornal.Leia mais: Empresariado pressiona Congresso para anular aumento do IOF: “Não é arrecadatório”As manifestações acompanham a campanha iniciada por entidades que representam o setor produtivo brasileiro pedindo que o Congresso Nacional anule o decreto do governo federal que elevou as alíquotas do imposto, apontando efeitos negativos sobre o crédito, o câmbio e a poupança de longo prazo.O manifesto foi assinado por confederações como CNC, CNI, CNA, CNseg, OCB, CNF e Abrasca.Ainda de acordo com o jornal, o presidente da Confederação Nacional das Instituições Financeiras (CNF), Rodrigo Maia, que foi deputado federal e presidente da Câmara, articula com lideranças do setor produtivo uma reunião com Davi Alcolumbre (União-AP), presidente do Senado, e Hugo Motta (Republicanos-PB), para detalhar à cúpula do Congresso os danos da medida ao setor privado.Leia também: IOF sobre fundos preocupa mercado, mas gestores veem espaço para adaptaçãoA ideia é que as entidades empresariais que têm militado juntas pela retirada do IOF participem do encontro e busquem apoio político antes de recorrer ao Judiciário.Quem também acredita que o debate em torno do assunto deve continuar quente nos próximos dias é Rafael Furlanetti, sócio da XP Investimentos e presidente da Associação Nacional das Corretoras e Distribuidoras de Títulos e Valores Mobiliários (Ancord).Furlanetti destacou ao jornal algumas sugestões que já estão sendo discutidas em Brasília, como a revisão de expansão dos gastos com o Benefício de Prestação Continuada (BPC), com o seguro-defeso e a desvinculação dos gastos à receita do governo, como os pisos da saúde e da educação.Saiba mais: XP: Crise do IOF expõe desafio do governo para arrecadar sem atrito com Congresso“Tem um gasto tributário de R$ 700 bilhões. Se você fizer algum corte linear de 5% que seja, você está falando de R$ 35 bilhões. Isso escalonado ao longo do tempo é possível de ser feito”, afirma na publicação.The post Reação ao IOF: empresários defendem reformas e corte de gastos públicos appeared first on InfoMoney.