Ibovespa. Foto: iStockO Ibovespa fechou nesta quinta-feira (29) em queda de 0,25%, aos 138.533,70 pontos, num dia de oscilação relativamente leve, entre a mínima de 137.993,33 e a máxima (139.108,26 pontos. O giro voltou a se enfraquecer, a R$ 18,0 bilhões. Na semana, o índice da B3 avança 0,51% e, no mês, tem ganho de 2,57%. No ano, sobe 15,17%.O mercado de renda variável foi pressionado pela alta na curva de juros futuros. As projeções de que a queda da Selic possa começar ainda este ano caíram diante dos dados da Pnad Contínua, divulgados de manhã pelo IBGE, que confirmaram a resiliência do mercado de trabalho doméstico.“Apesar de alguns indicadores mostrarem uma leve desaceleração no ritmo de expansão no mês, os índices de admissão seguem em patamares historicamente elevados, o que tende a sustentar o consumo e representa um desafio adicional à condução da política monetária, sobretudo diante da persistência inflacionária no setor de serviços”, observa Rafael Perez, economista da Suno Research.A taxa de desemprego no trimestre encerrado em abril de 2025 ficou em 6,6%, conforme a leitura da Pnad Contínua, abaixo das expectativas do mercado. “Trata-se de uma queda de 0,9 ponto porcentual em relação ao mesmo período de 2024 e do menor nível para o mês de abril desde o início da série histórica”, diz o analista.Também pesou sobre o mercado de ações a desconfiado com relação ao cumprimento das metas fiscais pelo governo, além da indefinição sobre as mudanças no Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), que não teve novidades apesar de reunião do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, com os da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), e do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP).“Esse temor faz com que os juros futuros subam, levando em especial as empresas varejistas, as small caps ações de menor capitalização de mercado, mais voláteis, e também as construtoras a um desempenho pior durante o dia”, explicou Josias Bento, sócio da GT Capital.Ibovespa: confira as principais altas e baixas do diaCom mais uma oscilação negativa para o’petróleo no mercado internacional, o dia foi ruim para as blue chips, como Petrobras (PETR3, -0,12%; PETR4, -0,60%), bem como para os principais bancos, com o Banco do Brasil (BBAS3, -1,58%) puxando a fila das quedas no setor.Por outro lado, a Vale (VALE3), principal ação da carteira Ibovespa, reagiu e fechou pouco acima da estabilidade, com alta de +0,07%. As utilities também foram bem na sessão, com destaque para a Eletrobras (ELET3, +0,94%). A Petz (PETZ3, +2,38%) recuperou parte das perdas da véspera, enquanto a Azul (AZUL4, -6,80%) manteve a trajetória de queda após o pedido de recuperação judicial nos EUA.Bolsas de Nova York sobem após judicialização de tarifasNo início do dia, a notícia de que o Tribunal de Comércio Internacional dos EUA havia anulado as ordens tarifárias do presidente Donald Trump embalou a abertura dos negócios, mas o entusiasmo global foi diluído ao longo do pregão, com os investidores passando a avaliar os impactos jurídicos e econômicos da decisão, que acabou revertida provisoriamente após apelação do governo. Mesmo assim, os principais índices norte-americanos terminaram o dia no azul.Confira os fechamentos do dia em Nova York:Dow Jones: 42.215,73 (+0,28%)S&P 500: 5.912,17 (+0,40%)Nasdaq: 19.175,87 (+0,39%)O Dow Jones subiu 0,28%, aos pontos; o S&P 500 avançou 0,40%, aos 5.912,17 pontos; e o Nasdaq encerrou em alta de 0,39%, aos pontos. Os dados são preliminares.A Corte de Apelações do Circuito Federal dos EUA suspendeu temporariamente a decisão judicial da noite de quarta, que havia anulado ordens executivas do presidente americano. A medida cautelar vale “até nova ordem”, enquanto a Corte avalia o pedido formal do governo para suspender os efeitos da decisão de primeira instância.No campo econômico, o PIB dos EUA no primeiro trimestre contraiu menos do que o esperado, e o núcleo da inflação medida pelo PCE foi revisado para baixo. Os pedidos de auxílio-desemprego subiram, atingindo o maior nível desde novembro de 2021, e as vendas pendentes de imóveis caíram em ritmo maior que o esperado.Com Estadão Conteúdo