O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, depõe nesta sexta-feira (30) ao Supremo Tribunal Federal (STF) como testemunha de defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no âmbito do processo que apura uma suposta tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022.Em oportunidades anteriores, o governador defendeu Bolsonaro e afirmou que as acusações da PF contra o ex-presidente eram uma “narrativa” que “carecem de provas”. Leia Mais STM manda prender oficial do Exército acusado de matar garimpeiros em RR Ao lado de líderes da direita, Tarcísio cita grupo "unido" para 2026 Bolsonaro desiste de quatro testemunhas em ação que apura trama golpista Em fevereiro, Tarcísio disse que a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) é questão de “forçação de barra” e “revanchismo”.O Supremo começa o dia com os depoimentos das últimas testemunhas do ex-ministro da Justiça Anderson Torres. Dentre os destaques, estão o ex-ministro e atual senador Ciro Nogueira; o senador Eduardo Girão e o presidente do Partido Liberal (PL), Valdemar Costa Neto.Depois, passa-se às testemunhas exclusivas de Bolsonaro. Tarcísio será a primeira, ainda no período da manhã.Durante a tarde, serão ouvidas mais quatro pessoas, todas integrantes do governo Bolsonaro.O advogado Amauri Feres Saad, que chegou a ser apontado como a pessoa que redigiu a suposta “minuta do golpe”; o ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello; o ex-ministro do Turismo Gilson Machado; e o médico de Bolsonaro Ricardo Peixoto estavam na lista de testemunhas do ex-presidente, mas foram retiradas na quinta-feira (29) pela defesa.Tarcísio depõe no STF como testemunha de Bolsonaro na sexta-feira (30) | CNN PRIME TIMEVeja quem são as testemunhas previstas:Manhã, a partir das 8hTestemunhas de Anderson torresCiro Nogueira, senador e ex-ministro da Casa CivilJoão Hermeto, deputado distrital do DFValdemar Costa Neto, presidente do PLEspiridão Amin, senadorUbiratan Sanderson, deputado federalTestemunha de Jair BolsonaroTarcísio de Freitas, governador de São Paulo e ex-ministro da InfraestruturaTarde, a partir das 14hTestemunha de Jair BolsonaroWagner de Oliveira; coronel e número 2 da comissão do Ministério da Defesa para acompanhar as eleições de 2022Renato de Lima França; ex-assessor de assuntos jurídicos da Secretaria-Geral da presidência da RepúblicaJonathas Assunção Salvador Nery; ex-secretário executivo da Casa CivilGiuseppe Dutra Janino; ex-Secretário de Tecnologia da Informação do Tribunal Superior EleitoralAudiênciasA Primeira Turma do Supremo está na segunda e última semana de oitivas de testemunhas no processo que apura a suposta trama golpista.Até agora, já foram ouvidas 43 pessoas em depoimentos marcados por contradições entre testemunhas e broncas de Alexandre de Moraes.Dentre as testemunhas de acusação, o maior destaque foi para os ex-comandantes do Exército, Marco Antônio Freire Gomes, e da Força Aérea Brasileira (FAB), Carlos de Almeida Baptista Júnior, que apresentaram versões conflitantes sobre acontecimentos.Os dois concordaram em depoimento, porém, sobre fato essencial: Bolsonaro trabalhou em uma minuta que previa medidas para impedir a posse de Lula.Ambos os ex-comandantes afirmaram ter tido acesso ao documento de teor golpista, participado de reuniões sobre o tema e rejeitado participação no plano.No entanto, diferentemente das testemunhas de acusação, a maior parte dos depoentes de defesa negaram saber de qualquer plano ou minuta de golpe.O ex-vice-presidente Hamilton Mourão (Republicanos-RS), por exemplo, afirmou que todas as reuniões das quais participou após as eleições trataram apenas da transição de governo.Afirmou ainda que Bolsonaro, embora abatido, demonstrou estar pronto para entregar o cargo.