Do Manguebeat à Bolsa: músico da banda Sonika é assessor e gere R$ 400 mi

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Diogo Velho Barreto está no mercado financeiro desde 2005 e antes disso já era envolvido com música. “Estudava numa escola que tinha uma força artística muito grande”, recorda ele. “Fui influenciado por isso”, acrescenta.Naquela época de menino a sua terra natal, Recife (PE), vivia a efervescência musical do Manguebeat, um dos movimentos musicais mais importantes do país, surgido nos anos 1990, que depois influenciaria seu trabalho na música.“Desde os 15 anos comecei a aprender rock, música clássica e música brasileira. Minha ideia era fazer música e computação. Cheguei a estudar em conservatório. Tive banda desde 15 anos de idade”, conta ele.Aos 18 anos ele fez intercâmbio de seis meses na Nova Zelândia. Naquele país, além das disciplinas básicas, optou também em estudar música. Lá, integrou até uma banda de rock. Mas teve que abortar o sonho de garoto pelas dificuldades que foi observando na indústria musical.Leia mais: Há 10 anos no mercado, ela é sócia de escritório que gere R$ 2 bi: “Estudei muito”De estagiário a sócioDurante a faculdade de administração, em 2005, começou a fazer estágio numa empresa de investimentos. Ao se formar em 2007, se tornou sócio da mesma empresa. “Ela tinha sede em Salvador e abriu uma filial no Recife. Fiquei até 2016, quando a empresa foi 100% vendida”, recorda.“Sou da fase que tinha que assinar 16 documentos e enviar à instituição financeira por Sedex para o cliente ter uma conta de R$ 50 mil. Era uma vitória”, lembra ele o início da carreira.  “Na época, a gente instituiu de mandar os documentos digitalizados para se abrir a conta do cliente em dois dias. Hoje, é tudo digital e em cinco minutos acontece”Diogo acha que foi beneficiado no começo da carreira porque a bolsa brasileira, até 2008, antes da crise financeira global, sofreu um boom. “A partir de 2009 até 2015 a bolsa foi caindo lentamente. As assessorias tiveram que se reinventar”, afirma, complementado que nesses anos o segmento passou a oferecer outros produtos financeiros além de renda variável, como renda fixa e Tesouro Nacional.Saiba mais: Ex-escriturário de agência bancária, ele abriu escritório que gere hoje quase R$ 4 biCriação da PequodApós a venda em 2016 da empresa em que trabalhava, no ano seguinte fundou com um sócio uma assessoria. Em 2019, criou no Recife a Pequod Investimentos, credenciada à XP, junto com outros sócios.“Em 2021, virei diretor-executivo da Pequod e voltei ao comercial em 2023. De outubro de 2023 a maio de 2024 foi quando virei Top 50. Foi um trabalho forte, denso”, conta ele. O Top 50 que ele menciona refere-se à última lista dos maiores assessores de investimentos da rede XP.Hoje, aos 41 anos, tem sob custódia R$ 400 milhões e a empresa na qual é sócio-fundador gere um total de R$ 3,7 bilhões. Ele diz que o importante é ter centralidade na atividade de assessoria de investimentos. “É preciso ter intensidade e estar em todos os momentos para atender seus clientes. Precisa dar foco naquilo que importa”, diz.  “Falo sempre para as pessoas não mirarem em ideia mirabolantes em assessoria porque se fizer o básico bem feito, funciona”, complementa.  Amor à músicaSobre a música, nesse tempo continuou tocando na noite integrando banda cover. Mas na pandemia resolveu fundar a Sonika e desenvolver trabalho autoral. O grupo toca rock, que dialoga com ritmos pernambucanos, marca do movimento Manguebeat que o influenciou.A banda lançou primeiro disco em 2022, cujo título leva o nome do grupo. O álbum foi produzido por Leo D, que tem experiência em projetos musicais do primeiro time da música de Pernambuco, como Mombojó e Johnny Hooker, e tem a participação de Thiago Guerra, da banda Fresno.Leia também: XP abre inscrições para programa de estágio com 110 vagas; inscrições vão até 8/6“Estamos agora gravando o segundo disco”, ressalta. Esse segundo álbum, com produção também de Leo D, já tem três singles lançados e disponíveis nas plataformas de música. Dois deles foram premiados como melhores singles de rock do Prêmio da Música de Pernambuco: “Calma”, em 2024, e “Candoca”, em 2025 – esta com a participação de Fred 04, vocalista do Mundo Livre S/A e figura central da criação do movimento Manguebeat.Um terceiro álbum já está no forno e será temático, com foco na influência indígena no Norte e Nordeste. Com a Sonika, ele já fez turnês no Nordeste e também já tocou no Rio de Janeiro e São Paulo. “A música faz parte de minha vida”, ressalta ele, que além de tocar guitarra também compõe.The post Do Manguebeat à Bolsa: músico da banda Sonika é assessor e gere R$ 400 mi appeared first on InfoMoney.