Recentemente, o mundo do boxe feminino foi abalado por uma revelação surpreendente envolvendo a atleta argelina Imane Khelif. Medalhista de ouro nas Olimpíadas de Paris, Khelif foi alvo de um exame cromossômico que indicou a presença de cromossomos masculinos. Esta descoberta gerou um intenso debate sobre a legitimidade dos testes e a elegibilidade de Khelif para competir em categorias femininas.O exame, realizado em 2023 por um laboratório na Índia, apontou que Khelif possui um cariótipo masculino, o que levou à sua exclusão do Campeonato Mundial Feminino de Boxe daquele ano. No entanto, o Comitê Olímpico Internacional (COI) rejeitou a validade do teste, permitindo que a atleta continuasse a competir na divisão feminina nas Olimpíadas de Paris.Qual é a política do COI sobre verificação de sexo e testes genéticos?O COI, responsável por regulamentar as competições olímpicas, considerou o teste realizado em Khelif como “não legítimo”. A organização expressou preocupações sobre a possibilidade de o exame ser parte de uma campanha de desinformação, possivelmente promovida por interesses externos. Apesar das certificações do laboratório responsável, o COI optou por não aceitar os resultados, destacando a complexidade e a sensibilidade do tema.Imane Khelif. Reprodução: Redes Sociais.Caso polêmico gera reações na comunidade esportivaA revelação sobre Khelif gerou reações mistas entre atletas e dirigentes esportivos. Algumas competidoras expressaram preocupações sobre a segurança e a equidade nas competições. A italiana Angela Carini, por exemplo, relatou ter temido por sua integridade física durante uma luta contra Khelif. Outras atletas, como a mexicana Brianda Tamara Cruz, também compartilharam experiências semelhantes, ressaltando a diferença percebida ao enfrentar Khelif.Após polêmica, quais os possíveis impactos no boxe feminino?O caso de Imane Khelif trouxe à tona a necessidade de uma discussão mais ampla sobre a inclusão e a regulamentação no esporte feminino. A World Boxing, entidade responsável pelo boxe mundial, anunciou a exigência de exames genéticos para atletas que desejam competir em categorias femininas. Essa medida visa garantir a equidade nas competições, mas também levanta questões sobre privacidade e direitos dos atletas.Imane Khelif, por sua vez, mantém sua posição de competir como mulher e planeja participar dos próximos Jogos Olímpicos. O desenrolar deste caso pode influenciar futuras políticas esportivas e a forma como questões de gênero são tratadas no esporte de alto rendimento.O post Atleta trans conquista ouro no boxe feminino em Paris, confirmam exames oficiais apareceu primeiro em Terra Brasil Notícias.