Deepfake impulsiona golpes de criptomoedas e atividades criminosas roubam mais de US$ 4,6 bilhões no ano, diz pesquisa

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A Bitget, corretora de criptomoedas e empresa do ramo de Web3, divulgou nesta terça-feira (10) o Relatório de Pesquisa Antifraude 2025, em parceria com as empresas de segurança blockchain SlowMist e Elliptic. O relatório revelou que as perdas globais com golpes em criptoativos aumentaram para US$ 4,6 bilhões em 2024, com destaque para o uso crescente de tecnologia deepfake — isto é, a criação de vídeos e imagens realistas, em geral utilizando rostos humanos — e engenharia social como principais táticas por trás dos roubos de alto valor. A publicação marca o lançamento oficial do Mês Antifraude da Bitget, uma iniciativa de um mês dedicada à educação em segurança e à conscientização em todo o ecossistema.“A maior ameaça ao cripto hoje não é a volatilidade — é o engano. A IA tornou os golpes mais rápidos, baratos e difíceis de detectar”, disse Gracy Chen, CEO da Bitget. “Nosso objetivo é ajudar os usuários a negociarem de forma mais inteligente, não apenas mais rápido”.VEJA MAIS: Onde investir de acordo com meu perfil de investidor? Confira recomendações pensadas para você com esse simulador do Money TimesRoubo de criptomoedas usando deepfakeAssim, o relatório destaca como os golpes com uso de Inteligência Artificial (IA) evoluíram além de e-mails de phishing, passando a incluir chamadas falsas no Zoom, vídeos sintéticos de figuras públicas e ofertas de emprego que levam a “cavalos de Tróia”.Entre as principais descobertas, o relatório identifica três categorias principais de golpes:Personificação via deepfake;Esquemas de engenharia social e;Projetos do tipo Ponzi (pirâmides financeiras) disfarçados de protocolos de finanças descentralizadas (DeFi) ou distribuição de certificados digitais (NFT).O documento também detalha como os fundos de criptomoedas roubados são movimentados por meio de pontes (bridges) entre blockchains e ferramentas de ofuscação antes de chegar a mixers ou exchanges, o que dificulta a fiscalização e recuperação.Da mesma forma, o estudo analisa casos de golpes em Hong Kong, o aumento do uso do Telegram e das seções de comentários no X (antigo Twitter) como pontos de entrada para phishing (método de roubo e sequestro de dados). VEJA MAIS: Com Super Quarta chegando, conteúdo gratuito revela o que fazer com seus investimentos após decisões de juros no Brasil e nos EUA “Este relatório reflete os padrões reais que vemos on-chain todos os dias. Os usuários devem estar informados, céticos e com a segurança em mente o tempo todo”, disse Lisa, Líder de Operações de Segurança da SlowMist.As proteções contra o rouboO relatório também detalha como o Anti-Scam Hub da Bitget, um acumulado de sistemas de detecção e um Fundo de Proteção de mais de US$ 500 milhões, estão sendo usados ativamente para reduzir riscos aos usuários.A SlowMist forneceu uma metodologia detalhadas sobre táticas de golpe, desde “envenenamento” de endereços até cavalos de Troia em ofertas de emprego.Já a Elliptic examinou os padrões de lavagem de criptoativos roubados através de pontes entre blockchains e plataformas mixers.