Plano de golpe: STF começa hoje a interrogar Bolsonaro e aliados

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O Supremo Tribunal Federal (STF) começa nesta segunda-feira (9/6) a ouvir o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e mais sete réus acusados de participar de um suposto plano de golpe de Estado. O caso investiga possíveis ações para impedir a posse do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) após as eleições de 2022.O interrogatório ocorrerá no plenário da Primeira Turma, em Brasília, a partir das 14h. A previsão é de que as audiências se estendam por cinco dias.O primeiro a depor será Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, que atua como colaborador no processo. Na sequência, os outros réus serão ouvidos em ordem alfabética. Todos poderão responder sobre sua participação em reuniões, a minuta de um decreto que criaria um estado de exceção no país e a propagação de dúvidas sobre as urnas eletrônicas.Os acusados também têm o direito de se manter em silêncio para não se autoincriminarem, como garante a Constituição. Se optarem por falar, poderão apresentar provas e defender suas versões.Nas últimas semanas, mais de 50 testemunhas foram ouvidas. A maioria delas, indicadas por Bolsonaro, disse que o ex-presidente estava abatido, mas disposto a cumprir a transição de governo após a derrota. Entre esses depoimentos, destacam-se o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), o senador Hamilton Mourão (Republicanos-RS) e o senador Ciro Nogueira (PP-PI).Por outro lado, dois ex-comandantes das Forças Armadas confirmaram que Bolsonaro discutiu medidas para impedir a posse de Lula. Relataram reuniões onde se cogitou a decretação de Garantia da Lei e da Ordem (GLO), um estado de defesa e até a prisão do ministro do STF Alexandre de Moraes.Após o término dos interrogatórios, defesa e acusação terão cinco dias para solicitar diligências complementares. Em seguida, terão 15 dias para apresentar suas alegações finais. O relator do caso então prepara seu voto, e a Primeira Turma do STF julgará se os réus serão condenados ou absolvidos.Leia Mais:Aplicativo e inteligência artificial vão reforçar serviços ambientais no AmazonasCom inteligência artificial, campanha eleitoral em 2026 será 100% de mentiras, afirma LulaSTJ vai decidir se PIS e Cofins devem incidir em serviços e comércio na Zona Franca de Manaus