12ª Bienal: José Cunha lança livro sobre Campos e histórias não contadas

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A poucos meses de completar 85 anos, o jornalista e cronista fluminense, José Cunha Filho, esteve nesta sexta-feira (6), na 12ª Bienal do Livro de Campos, especialmente para lançar sua mais recente obra, "Campos – Histórias Jamais Contadas". Em breve, Zé Cunha – assim carinhosamente chamado pelos amigos –, também estará apresentando seu livro no Festival Doces Palavras e na Academia Pedralva de Letras e, em seguida, na versão online, em site próprio. Veterano do jornalismo regional, Zé Cunha apresenta uma obra ambiciosa e multifacetada, que se propõe a desenterrar os veios mais profundos — e por vezes sombrios — da história de Campos dos Goytacazes. Num misto de romance histórico, crônica social, sátira política e realismo mágico, o autor costura uma tapeçaria narrativa desde os tempos coloniais até o final do século XX.- O livro é uma contribuição original e ousada à literatura brasileira contemporânea. Num momento em que a revalorização das narrativas locais e da história não oficial ganha espaço no debate público e acadêmico, a obra atua como instrumento de revisão crítica da memória coletiva. A escrita mistura os gêneros e atravessa o tempo, recuperando a força da tradição oral, o sabor das crônicas de província e o espírito investigativo do jornalismo literário – conta o autor.Mais que um romance, o livro é um mosaico de vozes e temporalidades, uma “caixa de Pandora” que, ao ser aberta, deixa escapar tanto os fantasmas do passado quanto a esperança de reconstruir identidades por meio da ficção. Zé Cunha, com sua prosa rascante, bem-humorada e reflexiva, afirma-se como cronista maior da planície goitacá — e talvez como um de seus romancistas mais audaciosos.SINOPSE - O autor conduz o leitor por cinco períodos marcantes da história de Campos dos Goytacazes, mesclando realidade e ficção. Prólogo (Origens): A chegada dos colonizadores em 1629 e os primeiros conflitos e alianças entre culturas indígenas, africanas e europeias; Tempo 1 (As Sandálias do Padre Arthur): Uma narrativa sobre fé, política e mudanças sociais nos anos 1820 e 1830; Tempo 2 (A Fonte de Lágrimas): Um retrato da Campos dos anos 1930 e 1940, marcada pelas transformações econômicas e pelos dramas humanos; Tempo 3 (Olho de Cristal): A perspectiva de dois imigrantes alemães na cidade durante os anos 1940 e 1950, em meio a eventos globais que ecoam locamente; Tempo 4 (A Rosa Farpada): O impacto da revolução sexual e da chegada das primeiras faculdades nos anos 1960 e 1970; Tempo 5 (Preta de Carvão): A complexidade da Campos atual, abordando temas como violência urbana e descobertas.QUASE 70 LANÇAMENTOS - Os escritores Wilson Heidenfelder, Rebeca Samuel, Renata Silva, Wesley Machado e João Lucas de Souza Silva também apresentaram suas obras neste dia. Até o momento, 56 escritores já lançaram suas obras na 12ª Bienal do Livro de Campos e outros 12 farão o mesmo neste sábado (7)e domingo (8).