Bolsonaro: “EUA não aplicaria sanções por lobby de terceiros”

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O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), tentou em depoimento à Polícia Federal (PF), esvaziar a tese de que seu filho, o deputado licenciado Eduardo Bolsonaro, estaria atuando para que os Estados Unidos imponham sanções a autoridades brasileiras.Bolsonaro prestou depoimento nesta quinta-feira (5) na sede da Polícia Federal e respondeu a diversas perguntas no inquérito instaurado pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes para apurar a atuação de Eduardo junto ao governo do republicano Donald Trump em busca de punições para autoridades brasileiras.Ex-presidente Jair BolsonaroAo longo de duas horas, o ex-presidente negou que a ações de Eduardo nos Estados Unidos tenham como objetivo interferir nos processos criminais em que Bolsonaro é alvo aqui no Brasil.Segundo Bolsonaro, as ações realizadas por Eduardo “são independentes e realizadas por conta própria”.Ao fim do depoimento, o delegado do caso questionou Bolsonaro se queria dar alguma informação de interesse da investigação.O ex-presidente disse então que “os Estados Unidos não aplicaria sanções por lobby de terceiros”.Bolsonaro também foi questionado se auxiliou Eduardo a buscar sanções contra autoridades brasileiras. O ex-presidente respondeu que “não tratou com Eduardo nem com ninguém” sobre sanções e que “nunca fez qualquer dossiê ou entregou qualquer documento a Eduardo sobre decisões a respeito do Supremo Tribunal Federal”.Questionado sobre o contato com autoridades e parlamentares americanos, Bolsonaro afimrou que não fez contato com ele sobre sanções a autoridades brasileiras, mas confirmou ter recebido Conselheiro Sênior do Departamento de Estado dos Estados Unidos para Hemisfério Ocidental, Ricardo Pita, em 6 de maio.Sobre a conversa com Pita, Bolsonaro não quis dar detalhes sobre quais temas foram tratados e afirmou que “foi uma conversa de teor reservado”.