Edinho: “Temos que fazer uma revisão de todo o gasto público”

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Questionado sobre a necessidade de um ajuste fiscal, o ex-prefeito de Araraquara e candidato à presidência nacional do Partido dos Trabalhadores (PT), Edinho Silva, afirmou que “nós temos, na minha avaliação, [que] fazer uma revisão de todo o gasto público”.Em entrevista ao WW desta segunda-feira (9), Edinho ressaltou a necessidade de se revisar programas sociais e, sobretudo, a adequação de seus participantes.Olhando para a questão do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb), o candidato à presidência do PT diz ser contra mexer na verba da educação, afirmando que este é um assunto caro ao partido. Por outro lado, defende que haja uma revisão das despesas que são consideradas no orçamento educacional.“Penso que hoje você tem várias despesas no processo educacional que muitas vezes não são contabilizadas como despesas da educação”, pontuou. Leia Mais Análise: Governo poderia cortar gastos de emendas e BPC Alternativa ao IOF taxa essência do Plano Safra, diz presidente da FPA Frentes Parlamentares: Alternativa do IOF é manobra por escalada tributária Nessa agenda fiscal, reforçou também que o Brasil deve debater os regimes tributários especiais. Para o petista, não faz sentido a maneira como algumas isenções são aplicadas a determinados setores, enfatizando que estas medidas deveriam ser temporárias.“Nenhum país do mundo tem o nível de isenção que o Brasil tem. Isentar uma cadeia produtiva quando precisa ser estimulada, você isenta, mas isso nao pode ser ad eternum“, indagou Edinho.Ele aplaude o colega de legenda, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, indicando que o chefe da equipe econômica tem acertado na maneira como tem buscado o diálogo com o Congresso Nacional para debater a questão das contas públicas.Edinho vê o Brasil como um país que, no momento, se afastou do presidencialismo; e joga a bola para o Legislativo quanto às despesas.“Hoje você tem muito mais autonomia no Congresso para discutir gasto público do que na esfera do Executivo. […] O Congresso Nacional executando R$ 52 bilhões do orçamento não é mais presidencialismo, tem mais capacidade de gasto na mão do orçamento”, argumentou.Veja os 5 sinais de que as contas públicas do Brasil estão em risco