Trama golpista: Moraes nega pedido e Cid terá de ir a interrogatórios

Wait 5 sec.

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, negou, na noite desta segunda-feira (9/6), o pedido da defesa do ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), Mauro Cid, para não comparecer aos demais interrogatórios da ação penal 2.668. O processo trata da suposta trama golpista para manter Bolsonaro no poder após as eleições de 2022.Moraes respondeu que a presença de Cid é “indispensável” no decorrer dos interrogatórios dos outros sete réus, entre eles o ex-presidente Bolsonaro. “Na presente hipótese, é medida indispensável a presença dos réus durante as audiências de interrogatório, em verdadeiro instrumento de preservação do direito à ampla defesa e ao contraditório”, argumentou o ministro do STF.O advogado de Cid, Cezar Bitencourt, protocolou o pedido para que Cid fosse dispensado de comparecer aos próximos interrogatórios, que seguem, pelo menos, até esta sexta-feira (13/6). A demanda foi apresentada antes mesmo do encerramento da sessão desta segunda. O defensor argumentou que, como Cid já havia apresentado os esclarecimentos no interrogatório, não era necessário continuar a se fazer presente nas demais sessões.“Não tendo mais nada a acrescentar ou esclarecer ao Juízo, permanecendo, evidentemente, à disposição para qualquer outro esclarecimento que se fizer necessário”, dizia a solicitação.12 imagensFechar modal.1 de 12Interrogatório da trama golpistaVinicius Schmidt/ Metrópoles2 de 12Bolsonaro durante interrogatório trama golpistaVinicius Schmidt/ Metrópoles3 de 12Bolsonaro no interrogatório da trama golpistaVinicius Schmidt/ Metrópoles4 de 12Bolsonaro em interrogatório trama golpistaVinicius Schmidt/ Metrópoles5 de 12Bolsonaro durante interrogatório da trama golpistaVinicius Schmidt/ Metrópoles6 de 12Jair BolsonaroKEBEC NOGUEIRA/METRÓPOLES@kebecfotografo7 de 12Mauro Cid durante interrogatório da trama golpistaKEBEC NOGUEIRA/METRÓPOLES@kebecfotografo8 de 12Ministro do STF Alexandre de MoraesKEBEC NOGUEIRA/METRÓPOLES@kebecfotografo9 de 12Interrogatório da trama golpista KEBEC NOGUEIRA/METRÓPOLES@kebecfotografo10 de 12Bolsonaro no interrogatório da trama golpista KEBEC NOGUEIRA/METRÓPOLES@kebecfotografo11 de 12Mauro Cid Reprodução/TV Justiça12 de 12Bolsonaro e Mauro Cid se cumprimentam durante interrogatório da trama golpistaTon Molina/STF Próximos interrogatóriosOs próximos réus a responderem aos questionamentos sobre a ação penal são: Almir Garnier Santos, ex-comandante da Marinha; Anderson Torres, ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança do Distrito Federal; General Augusto Heleno, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional; Jair Bolsonaro, ex-presidente da República; Paulo Sérgio Nogueira, ex-ministro da Defesa; Walter Souza Braga Netto, ex-ministro da Casa Civil (o general será o único a ser inquirido por videoconferência, pois está preso no Rio de Janeiro).Veja a agenda dos próximos dias:10/6 – das 9h às 20h11/6 – das 8h às 10h;12/6 – das 9h às 13h; e13/6 – das 9h às 20h.Nesta segunda, primeiro dia de interrogatório, falaram Mauro Cid e o ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), o deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ). Cid foi o primeiro a se sentar no banco dos réus e responder aos questionamentos de Moraes, da Procuradoria-Geral da República (PGR) e dos advogados de defesa dos demais réus.O interrogatório de Cid durou cerca de quatro horas. A fala de Ramagem, mais objetiva, foi a última desta segunda.