Caiado diz defender anistia ampla, geral e irrestrita, incluindo Bolsonaro

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Pré-candidato à Presidência em 2026, o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União), afirmou nesta segunda-feira (9) que sua primeira medida no Executivo federal seria conceder aos condenados aos ataques de 8 de janeiro de 2023 a anistia ampla, geral e irrestrita.Isso também inclui, segundo ele, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e os demais réus no processo criminal que apura a tentativa de golpe de Estado em 2022.A declaração foi feita ao ser questionado durante o programa “Roda Viva”, da TV Cultura, se a medida seria restrita aos envolvidos nos atos antidemocráticos ou incluiria condenados em novos processos que tramitam hoje, como o do ex-presidente.“[Concederia] todas. Anistia ampla, geral e irrestrita, como nós concedemos, já. Isso não é nenhuma inovação. Isso já existiu e já foi implantado no Brasil”, respondeu Caiado. Leia Mais Moraes nega dispensa de Cid em depoimentos de outros réus no STF Deputado propõe convocar Haddad para explicar fim de isenção de LCI e LCA Congresso promete manter pressão sobre governo por corte de gastos O governador mencionava a Lei da Anistia de 1979, que havia sido feita inicialmente para presos políticos durante a ditadura, e posteriormente também alcançou militares que atuaram durante o regime.A lista de réus no caso da suposta trama para uma ruptura institucional no país abrange, além de Bolsonaro, outras 13 pessoas, entre ex-ministros, ex-assessores, delegados e generais. O ex-presidente da República será ouvido ainda nesta semana em um interrogatório no Supremo.Caiado defende que a concessão da anistia não deve vir do Congresso, e sim do chefe do Executivo, e que a proposta faz parte da sua campanha eleitoral. Em abril deste ano, o político do União Progressistas lançou sua pré-candidatura na capital baiana, ao lado do prefeito de Salvador, Bruno Reis (União), e do vice-presidente nacional do partido, ACM Neto.Ainda durante entrevista à TV Cultura, Caiado evitou opinar sobre a tentativa de golpe de Estado planejada supostamente por Bolsonaro e aliados, afirmando que “não se governa na subjetividade”, mas com “fatos concretos”.“Esse fato já tem dois anos e seis meses. Não dá mais para você ficar esperando isso daí e o Brasil parado discutindo anistia, discutindo criminalizar essas pessoas. Desenharam uma situação que não tem outra pauta pro Brasil que não seja essa”, complementa.