inflação Foto: iStockO Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) teve alta de 0,26% em maio. O resultado veio abaixo da expectativa de 0,33% projetada por economistas e reflete uma desaceleração da inflação no acumulado de 12 meses, que passou de 5,53% em abril para 5,32% em maio. Esse cenário favorece a manutenção da taxa Selic na próxima reunião do Copom, marcada para semana que vem.Lucas Barbosa, economista da AZ Quest, comentou que a variação de 0,26% ficou abaixo do consenso de mercado. Entre fatores que contribuíram para redução do IPCA, ele destacou que os bens industriais foram a maior surpresa entre os núcleos de inflação. Os bens industriais apresentaram leve alta de 0,06%, também abaixo da projeção de 0,39%. Em 12 meses, a variação desses bens desacelerou de 4,11% para 3,87%, refletindo a diminuição dos efeitos do choque cambial enfrentado no final do ano.Em abril, a inflação foi de 0,46%. Essa redução demonstra uma desaceleração dos preços. O setor de serviços segue aquecido, mas a inflação segue desacelerando. A tendência é que a taxa Selic caiaPor outro lado, o setor de serviços ainda demonstra pressão, com uma variação de 0,18%, superior à expectativa de 0,14%. O núcleo de serviços permaneceu estável em 0,42%, mantendo-se em patamares altos que não estão em conformidade com a meta de inflação de 6,75%.O economista acredita que ainda é uma desaceleração do preços, mas o setor de serviços segue aquecido, com fundamentos bastante pressionados, com destaque principalmente para o mercado de trabalho, cujas últimas leituras seguem mostrando um aumento do emprego e um aumento dos rendimentos.Diante desse panorama, a AZ Quest revisou sua projeção de inflação para 2025 para 5,10%. A expectativa é que o Comitê de Política Monetária (Copom) mantenha a taxa Selic em 14,75% na próxima reunião, considerando o cenário atual da economia.