As oportunidades com ações “bond proxies” na B3, apesar do recente rali, segundo BofA

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O Bank of America, que projeta espaço para a queda de juros no Brasil, ressalta que as perspectivas para prazos mais longos na curva de juros local estão inalteradas, já que as questões de sustentabilidade fiscal devem ser abordadas apenas pelo próximo governo. Na ponta curta da curva, uma alta terminal de 25 pontos-base para o consenso de mercado, atualmente em 14,75% ao ano, para a Selic é precificada. Por outro lado, o BofA tem expectativa de juros estáveis ​​na próxima reunião de política monetária.Para o banco, uma compressão nas taxas deve continuar a beneficiar das ações proxies de títulos (ou bond proxies, ou seja, ações com comportamento semelhantes a títulos de renda fixa). Neste cenário, alguns nomes de ações ainda se destacam, apesar da recente alta de algumas delas. Leia tambémIbovespa Ao Vivo: Bolsa sobe 1% com alívio no IPCA; PETR4 avança 3%Bolsas dos EUA avançam à espera de detalhes de acordo com a China Recentemente, ressalta a equipe de estratégia, o BofA elevou a recomendação da ação da Ecorodovias de underperform (desempenho abaixo da média do mercado) para Compra, pois observa menores riscos de refinanciamento e maior valor da alavancagem. A Ecorodovias é a principal escolha do BofA no setor de transportes. O banco aponta gostar do risco-retorno da ação (TIR, ou Taxa Interna de Retorno, real de 12,7%), especialmente em um cenário em que as taxas de juros caem acima das expectativas do mercado, dada sua alta alavancagem (acima de 4,5 vezes esperado de 2026 a 2033). A TIR da Rumo (RAIL3) também é robusta (TIR de 11,9%), mas a ação não possui gatilhos de curto prazo. Motiva (MOTV3), a ex-CCR, (TIR de 9,7%) é um nome mais defensivo (duração de 5,8 anos), embora sua avaliação seja relativamente alongada. O setor brasileiro de serviços públicos, ou utilities, acumula alta de 28% das ações no acumulado do ano em relação ao Ibovespa, a 13%, e o BofA vê as ações sendo negociadas abaixo da média histórica do Prêmio de Risco de Ações (“ERP”) em relação ao rendimento dos títulos brasileiros (“NTN-B”). Apesar da avaliação geral do setor, o banco americano favorece dois nomes, com a Sabesp (SBSP3) e a Copel (CPLE6) como as suas principais escolhas, principalmente devido ao impressionante crescimento dos lucros (30% de CAGR, ou “Taxa de Crescimento Anual Composta”, do Ebitda, ou lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações, em 3 anos para a Sabesp e 15% para a Copel). Além disso, vê outros 2 nomes sendo negociados a um ERP acima da média, com potencial e ficando atrás do setor: 1) Sanepar, ou SAPR4, (TIR real maior que 14%) e 2) Alupar, ou ALUP11, (TIR real de cerca de 12%). Para o segmento de shoppings centers, o BofA dá preferência a nomes com desconto. No geral, continua a ver as avaliações gerais atrativas e espera que o segmento do consumidor de alto padrão, mais defensivo, apresente desempenho superior. O banco dá preferência à Iguatemi (IGTI11), dada a exposição ao consumidor de alto padrão (versus Allos ALOS3) e o desconto de 20% em relação ao múltiplo de P/FFO, ou Preço sobre os Fundos de operações, da Multiplan (MULT3). Além disso, continua otimista com as telecoms da América Latina em geral, pois prevê: 1) um pagamento de dividendos sólido, com rendimento médio de cerca de 9% esperado para 2025 e 2) tendências de mercado positivas em 2025, com todas as grandes telecoms elevando os preços dos híbridos/pós-pagos acima da inflação. O banco tem uma preferência relativa pela TIM (TIMS3), dada a maior visibilidade dos dividendos, com o guidance de rendimento de cerca de 30% (mais 3% em recompras) para entre 2025 e 2027. The post As oportunidades com ações “bond proxies” na B3, apesar do recente rali, segundo BofA appeared first on InfoMoney.