A Primeira Turma do STF inicia, nesta segunda-feira (9/6), a fase de interrogatórios de oito réus do chamado inquérito do golpe. Essa primeira etapa deve ser marcada por foco das defesas dos demais réus em Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, e expectativa de muita tensão.Cid será o primeiro a ser interrogado pelos ministros. Ele ganhou o benefício por ter feito um acordo de colaboração premiada. O militar poderá ser questionado não só pelos ministros do Supremo e pela Procuradoria-Geral da República (PGR), mas também pelos advogados dos demais réus.3 imagensFechar modal.1 de 3Mauro Cid delata Bolsonaro a MoraesReprodução2 de 3Depoimento do tenente-coronel Mauro CidReprodução3 de 3Tenente-coronel Mauro CidIgo Estrela/MetrópolesNos bastidores, as defesas dos demais réus prometem ir “para cima” do ex-ajudante de ordens de Bolsonaro. O objetivo é confrontar o tenente-coronel sobre as versões que ele apresentou em sua colaboração premiada, muitas das quais questionadas pelos outros investigados da trama golpista. Leia também Igor Gadelha Dias após caso Zambelli, Lula visita sede da Interpol na França Igor Gadelha Líder do PT reage a críticas e cobra que Itamaraty atue contra Eduardo Igor Gadelha PT pede perda imediata de mandato de Carla Zambelli Igor Gadelha Boulos quer obrigar redes a apagarem fake news sem ordem judicial Há ainda um temor, entre réus e advogados, de que o clima de tensão escale e leve, até mesmo, o ministro Alexandre de Moraes a decretar prisões. Na fase dos depoimentos, Moraes teve embates e chegou a ameaçar prender o ex-ministro Aldo Rebelo (MDB) por desacato a autoridade.Os interrogatórios devem seguir até a sexta-feira (13/6). No caso de Bolsonaro, a previsão é de que ele seja ouvido na quarta-feira (11/6). Depois dessa fase, abre-se prazo para eventuais novas instruções e, na sequência, para alegações finais. Após essa etapa, será possível marcar a data do julgamento.