Foto: iStockO Itaú BBA revisou o preço-alvo para o Ibovespa, elevando a projeção de 145 mil para 155 mil pontos até o final de 2025. A nova estimativa foi divulgada após o índice renovar sucessivos recordes históricos no início de julho, com alta sustentada por fluxo estrangeiro e ganhos em ações de commodities e bancos.Na sexta-feira (4), o índice Bovespa avançou 0,24% e encerrou o pregão aos 141.263,56 pontos, máxima nominal já registrada. Durante o dia, o Ibov também atingiu novo pico intradiário, aos 141.563,85 pontos. Antes disso, na quinta-feira, o indicador já havia rompido uma máxima histórica de fechamento. Qual é o novo preço-alvo do Ibovespa?De acordo com o relatório, o novo preço-alvo de 155 mil pontos para o índice Bovespa implica em uma razão preço/lucro (P/L) de 8,7 vezes. Esse múltiplo é superior aos atuais 8,3 vezes observados no mercado, mas ainda abaixo da média histórica de 10,7 vezes.A atualização incorpora dois efeitos principais: a queda no custo de capital, que contribui positivamente, e a revisão para baixo dos lucros projetados, que pesa negativamente sobre o índice. O cenário de juros ainda elevados e preços de commodities em desaceleração influencia as estimativas futuras.Ibovespa vai subir? Mesmo após os recordes recentes, o Itaú BBA avalia que o Ibovespa vai subir mais no segundo semestre. Na avaliação do banco, a tese para o Ibov em 2025 se apoia em quatro pilares: valuation, resultados, cenário macroeconômico e fluxo técnico. O principal ponto de apoio continua sendo o valuation atrativo. “O Brasil está sendo negociado a 8,3 vezes o preço em relação ao lucro (P/L) e 5% de Earnings Yield Gap, o que, em nossa visão, precifica um cenário pessimista de 60-70%”, afirma o relatório.Já o cenário macroeconômico é classificado como neutro, com expectativa de flexibilização monetária nos próximos 12 meses, em meio a incertezas fiscais e crescimento global modesto. O pilar técnico também é neutro, com o IBOV/EWZ acima do nível histórico e entrada de estrangeiros ainda moderada.Para quem pretende investir no Ibovespa, o banco recomenda exposição a empresas com características como alto pagamento de dividendos, retorno sobre patrimônio elevado, e que apresentam boas performances diante de cenários de inflação. Entre os setores destacados pela casa, estão ativos de infraestrutura e saneamento com taxas internas de retorno reais de dois dígitos, companhias cíclicas de qualidade nos setores financeiro, de construção e transporte, exportadoras e empresas de commodities como celulose, petróleo e gás com valuation atrativo. Além disso, o BBA destaca papéis ainda papéis do Ibovespa nos segmentos de consumo, serviços, indústria e saúde, com potencial de reinvestimento e crescimento de longo prazo.