O que pesa na escolha entre ações ou FIIs de shoppings? Canuma detalha sua visão

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A Canuma Capital ampliou sua posição em ações de shopping centers, elevando para 5% a exposição do fundo multimercado CCME11 no setor. A decisão veio após um estudo interno que comparou o desempenho de ações como Iguatemi (IGTI11), Allos (ALOS3) e Multiplan (MULT3) com os principais fundos imobiliários de shopping listados no IFIX.Felipe Vaz, sócio-gestor da Canuma, explica que a escolha não se resume apenas ao dividend yield. “Os FIIs pagam, em média, de duas a três vezes mais dividendos do que as ações. Mas isso não significa que as ações sejam menos atrativas. Quando fazemos a equalização entre os resultados operacionais — ajustando para eventos não recorrentes — percebemos que o ‘yield implícito’ nas ações indica um portfólio mais descontado em relação ao preço de mercado”, afirmou em entrevista ao programa Liga de FIIs, do InfoMoney.A análise considerou dois indicadores principais: o NOI/m² (indicador operacional dos ativos) e o AFFO Yield (geração de caixa ajustada), revelando que as ações estão mais descontadas que os FIIs. Em termos de potencial de valorização, o estudo apontou upside relevante para os papéis de Iguatemi (+30,6%), Allos (+21,5%) e Multiplan (+21,7%).Além dos dados fundamentalistas, o gestor destacou a influência do cenário macroeconômico na precificação. “Com a perspectiva de queda nos juros, as ações de shopping tendem a se beneficiar mais rapidamente, especialmente com o fluxo de investidores estrangeiros. Vimos isso recentemente: enquanto os FIIs de shopping subiram cerca de 10%, as ações avançaram 30% no mesmo período”, comparou.Leia Mais: FII XPML11 vende participação no Shopping D e projeta impacto nos dividendosAções e FIIs não devem ser vistos como excludentesContudo, Vaz reforçou que a escolha entre ações e FIIs não deve ser vista como excludente. “Não se trata de um ou outro, mas de compor posições complementares. A beleza de um fundo multiestratégia é justamente poder alocar onde estão as melhores oportunidades, seja em ações ou FIIs”, diz.Marcos Baroni, Head em FIIs da Suno Research, pontuou a importância de considerar o perfil do investidor. “Os fundos imobiliários têm um apelo maior para quem busca renda recorrente. Já as ações carregam mais potencial de ganho de capital, mas com maior volatilidade. Não existe melhor ou pior — são produtos diferentes para objetivos distintos.”“Se eu disser que, até aqui, os principais fundos de shoppings entregaram um resultado acumulado superior ao das principais empresas do setor, isso certamente tem seu peso — mas não diz tudo. A partir do ponto de largada atual, é possível que as empresas listadas apresentem um desempenho superior ao longo de um ciclo de dois a cinco anos. No fim das contas, tudo depende do perfil do investidor e do que ele busca para sua carteira”, acrescenta Baroni.Confira a entrevista completa – e mais dicas – de Felipe Vaz na edição desta semana do Liga de FIIs. O programa vai ao ar todas as quartas-feiras, às 18h, no canal do InfoMoney no Youtube. Você também pode rever todas as edições passadas.The post O que pesa na escolha entre ações ou FIIs de shoppings? Canuma detalha sua visão appeared first on InfoMoney.