O governo americano revogou, nesta segunda-feira (7), a designação de organização terrorista estrangeira para o grupo Hay’at Tahrir al-Sham (HTS). Washington se move para remover as sanções dos Estados Unidos à Síria para ajudar o país a se reconstruir após anos de guerra civil.Em dezembro, rebeldes islâmicos liderados pelo HTS depuseram o ex-presidente sírio Bashar al-Assad em uma ofensiva-relâmpago. O então líder do grupo HTS, Ahmed al-Sharaa, tornou-se presidente da Síria e declarou que queria construir uma Síria inclusiva e democrática.Anteriormente, o grupo era conhecido como um braço sírio da Al-Qaeda sob o nome de “Frente al-Nusra”, mas rompeu os laços com a organização em 2016. Leia mais Israel retoma ofensiva contra Houthis após rebeldes atacarem navio Protestos contra governo no Quênia deixam 11 mortos, dizem autoridades Incêndio em centro de telecomunicações no Egito deixa 22 feridos Em maio, Sharaa se encontrou com Trump em Riad. Em uma grande mudança política, o presidente republicano anunciou inesperadamente que suspenderia as sanções dos EUA à Síria.“Esta revogação é um passo importante para concretizar a visão do presidente Trump de uma Síria estável, unificada e pacífica”, disse o secretário de Estado Marco Rubio em um comunicado, acrescentando que a revogação entrará em vigor na terça-feira (8).Alívio das sanções contra a SíriaNa semana passada, Trump assinou uma ordem executiva encerrando o programa de sanções dos EUA à Síria, uma medida que visa acabar com o isolamento do país do sistema financeiro internacional.O Ministério das Relações Exteriores da Síria disse à Reuters que a suspensão das sanções ao HTS foi um “passo positivo para corrigir um curso que anteriormente dificultava o engajamento construtivo”.A declaração escrita disse que a Síria esperava que a medida “contribuísse para a remoção das restrições restantes que continuam a impactar as instituições e autoridades sírias, e abrisse as portas para uma abordagem racional e soberana para a cooperação internacional”.O ministério também afirmou que Sharaa planejava participar da próxima Assembleia Geral das Nações Unidas em setembro. O Conselho de Segurança da ONU ainda mantém sanções contra o HTS e o próprio Sharaa.