Governo se reúne com Petrobras para avaliar impactos da tarifa de 50%

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O Ministério de Minas e Energia (MME) promoveu na última quinta-feira (10) uma reunião com entidades e empresas dos setores de petróleo, gás natural e biocombustíveis para discutir os possíveis impactos da tarifa de 50% anunciada pelos Estados Unidos sobre os produtos brasileiros.O encontro teve como objetivo avaliar efeitos, a partir da análise dos setores sobre os possíveis reflexos das medidas econômicas na cadeia produtiva brasileira.A ideia é que o Brasil esteja preparado para responder, de forma técnica e coordenada, a possíveis alterações no comércio internacional com impacto em cadeias estratégicas como petróleo, gás e biocombustíveis. Leia Mais Retaliação do Brasil aos EUA pode afetar dólar, inflação e bolsa Roberto Azevêdo: Brasil recorrer à OMC contra tarifa teria impacto limitado Mercado mostra cautela em relação à tarifa de Trump contra Brasil   Participaram da reunião representantes das seguintes entidades e empresas:Petrobras;Unica (União da Indústria de Cana-de-Açúcar);Abiove (Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais);Aprobio (Associação dos Produtores de Biocombustíveis do Brasil);Ubrabio (União Brasileira do Biodiesel e Bioquerosene);IBP (Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás);Abicom (Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis);UNEM (União Nacional do Etanol de Milho); Bioenergiabrasil;Be8;FS Bioenergia;Raízen;Inpasa;Sindaçucar-AL;Amcham (Câmara Americana de Comércio para o Brasil); eAbiquim (Associação Brasileira da Indústria Química).A nova alíquota sobre os produtos brasileiros entra em vigor a partir do dia 1º de agosto.Em carta endereçada ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o presidente norte-americano Donald Trump alega que a relação comercial entre as partes é “muito injusta”, marcada por desequilíbrios gerados por “políticas tarifárias e não-tarifárias e pelas barreiras comerciais do Brasil”.Segundo Trump, a alíquota de 50% “é muito menor do que o necessário para termos condições de concorrência equitativas que devemos ter com o seu país”.Os norte-americanos mantêm um superávit de longa data com o Brasil. Em 2024, as exportações brasileiras para os Estados Unidos totalizaram mais de US$ 40 bilhões, uma alta de 9,2% em relação a 2023. Apesar do crescimento, o saldo comercial foi favorável aos americanos em mais de US$ 250 milhões.Petróleo, café e aeronaves: veja itens mais exportados pelo Brasil aos EUA