Estado não faz repasse de verba da saúde para Campos e coloca 1 milhão de pacientes em risco

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Postado por Fabiano Venancio - (Video da entrevista ao final da página) -  Em virtude da grave crise na saúde pública de Campos e região, com hospitais à beira de um colapso por falta de repasses do Governo do Estado, o Conselho Municipal de Saúde se reuniu de forma extraordinária nesta terça-feira (8), na sede Secretaria Municipal de Saúde. Além dos conselheiros, a reunião contou com a presença do prefeito Wladimir Garotinho, vereadores e alguns gestores de instituições ligadas à saúde. O secretário de Saúde Paulo Hirano e o prefeito Wladimir classificaram a situação como grave e anunciaram que a prefeitura não tem mais condições de manter os serviços de atendimento de emergência e outros casos a pacientes de cidades vizinhas nos dois maiores hospitais públicos, o Ferreira Machado e o Hospital Geral de Guarus (HGG).Desta forma, a qualquer momento casos de emergência de municípios vizinhos como São João da Barra, São Francisco de Itabapoana, São Fidélis, Cardoso Moreira e outros deixarão de ser recebidos em Campos. Nesse caso, o Governo do Estado terá de encontrar alternativa de um hospital em outra cidade para os atendimentos. A decisão de deixar de atender pacientes da região será comunicada pelo secretário Paulo Hirano ao Conselho Intergestores Bipartite, composto por  representantes de Saúde do estado e dos municípios. Membros do Conselho Municipal da Saúde de Campos aprovaram a decisão por maioria, apenas quatro se abstiveram de votar.NÃO SE TRATA DE BRIGA POLÍTICA - Wladimir falou ao Campos 24 Horas sobre a situação, que classifica como  “a mais desafiadora” do seu mandato e disse que o grave problema não tem nada a ver com briga política, mas sim com cerca de 1 milhão de pessoas da região que deixarão de ser atendidas."Nunca houve uma briga política. Eu estou brigando pela saúde da minha cidade e pela população aqui da região que usa Campos como polo regional de saúde. Nós não teremos condições de honrar os compromissos se o Estado não fizer o cofinanciamento”, afirmou o prefeito.De acordo também com Wladimir, o Governo do Estado cumpriu os repasses nos anos de 2021 e 2022, mas a situação começou a se complicar a partir do ano de 2023, após as eleições estaduais e a ascensão de Rodrigo Bacellar à presidência da Alerj. “Não sei se é coincidência, mas o financiamento começou a cair justamente em 2023”, disse. (Veja a entrevista no vídeo abaixo)