Presidente interino do PT vê “equívoco” em judicialização de eleição em MG

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O presidente interino do Partido dos Trabalhadores (PT), Humberto Costa, avaliou neste domingo (6) que o acionamento da Justiça, por parte da deputada federal Dandara Tonantzin, nas eleições em Minas Gerais, para assegurar sua participação no pleito interno da legenda, foi um “equívoco”.“Eu, pessoalmente, sou da opinião de que o partido tem sua autonomia, né? As decisões são todas tomadas por maioria. Nesse caso, foi por uma maioria muito significativa do Diretório Nacional, e eu acho que foi um equívoco essa judicialização”, defendeu, em conversa com jornalistas na sede nacional do PT.A decisão sobre as consequências do impasse caberá ao Diretório Nacional. “Por enquanto, nós entramos com uma contestação na Justiça, por considerarmos que não é papel do Judiciário interferir na vida interna de nenhum partido. Por outro lado, também vamos discutir o que fazer depois que essa questão for definitivamente decidida. E, finalmente, vamos marcar uma nova data para o encontro de Minas Gerais”, frisou. Leia Mais PT adia eleição em Minas e pode influenciar resultado nacional PT aciona "modo eleição" para reconquistar base social, diz Jilmar Tatto No Rio, Lula vota na eleição do PT antes de encontro do Brics  Mais cedo, o PT anunciou o adiamento da eleição para a presidência estadual do partido em Minas Gerais, após a Justiça determinar a inclusão da deputada federal Dandara Tonantzin na disputa.A candidatura da parlamentar havia sido indeferida pelo partido sob o argumento de que ela não havia quitado suas contribuições partidárias. O PT recebeu a decisão judicial no sábado (5) e, diante disso, alegou “impossibilidade logística” para acrescentar o nome de Dandara nas cédulas já enviadas às cidades mineiras.Por conta da decisão judicial, as votações para todos os níveis (estadual, municipal e nacional) em Minas Gerais foram adiadas. A Executiva Nacional informou que ingressou com um agravo contra a manifestação do diretório estadual, que havia se posicionado a favor da habilitação de Dandara.Segundo Humberto Costa, em casos semelhantes ao de Dandara, o partido costumava tomar decisões “duras” em relação aos seus membros.“No passado, o partido foi absolutamente intolerante com a judicialização das suas decisões, né? Historicamente, a posição do partido foi muito dura com quem judicializou decisões partidárias”, relembrou.ReuniãoDiante do impasse em MG, o Diretório convocou uma reunião extraordinária para o dia 8 de julho, às 17h, com o objetivo de discutir o caso e outros processos de judicialização envolvendo filiados que contestam decisões internas da legenda.A nova data da eleição para a presidência estadual do PT-MG ainda não foi definida. O adiamento pode influenciar a eleição nacional para o comando do partido, já que Minas Gerais possui um grande contingente de filiados.As eleições internas do PT para a definição das novas presidências nacional e estaduais, incluindo a escolha do próximo presidente nacional da legenda, ocorreram neste domingo (6).A expectativa era de que o resultado fosse divulgado até segunda-feira (7), mas, diante do impasse em Minas Gerais, atrasos poderão ocorrer.