Donald Trump fez uma declaração contundente no último domingo (6), ameaçando impor uma tarifa adicional de 10% a países que se alinhem às políticas do Brics. Para o analista sênior de internacional da CNN Américo Martins, esta movimentação do ex-presidente dos Estados Unidos revela uma crescente preocupação com o fortalecimento do bloco econômico.O Brics, composto por Brasil, Rússia, Índia, China, África do Sul, Arábia Saudita, Egito, Emirados Árabes Unidos, Etiópia, Irã e Indonésia, tem como objetivo principal a defesa de mudanças no sistema de governança global. Apesar de não ser um grupo coeso e incluir nações com regimes políticos controversos, o bloco representa economias emergentes que buscam maior representatividade em organismos internacionais. À CNN, Amorim diz que Brasil quer conversar com EUA sobre tarifa ao Brics Ameaça ao Brics: EUA tarifar Brasil seria "tiro no pé", diz Amorim à CNN Lula: É inadiável promover transição energética e zerar desmatamento Desafio à hegemonia americanaO sistema atual de governança global, estabelecido pelos vencedores da Segunda Guerra Mundial há quase 80 anos, não reflete mais a realidade econômica do século XXI. O Brics defende o multilateralismo e uma reforma desse sistema, o que naturalmente daria mais espaço para as potências emergentes.Esta postura contrasta com a visão de Trump, que busca enfraquecer as instituições multilaterais. Como líder da maior potência militar e econômica do mundo, Trump acredita que um sistema global enfraquecido permitiria aos Estados Unidos impor mais facilmente sua vontade.A ameaça de tarifas é uma resposta direta à declaração final da recente cúpula do Brics, que criticou o uso de medidas tarifárias unilaterais. A diplomacia brasileira desempenhou um papel crucial na busca de consensos entre os membros do grupo, resultando em uma declaração conjunta que abordou temas importantes.O possível fortalecimento do Brics, com a adesão de novos membros e o aumento do comércio entre seus integrantes, potencialmente utilizando moedas locais, é visto como uma ameaça à hegemonia do dólar e, consequentemente, ao poder econômico dos Estados Unidos.A reação de Trump demonstra que, apesar das divergências internas, o Brics está sendo levado a sério como um contrapeso à influência americana na ordem mundial. A forma como os líderes do bloco, incluindo o Brasil, responderão a essa ameaça pode definir os rumos das relações internacionais nos próximos anos. Os textos gerados por inteligência artificial na CNN Brasil são feitos com base nos cortes de vídeos dos jornais de sua programação. Todas as informações são apuradas e checadas por jornalistas. O texto final também passa pela revisão da equipe de jornalismo da CNN. Clique aqui para saber mais.