Especialistas em segurança digital recomendam a reinicialização periódica do celular como uma medida eficaz para fortalecer a proteção dos dispositivos móveis. Em tempos de ameaças digitais cada vez mais sofisticadas, o simples ato de desligar e ligar novamente o aparelho pode contribuir para a segurança ao minimizar riscos que se aproveitam de brechas momentâneas no sistema.Além da função de segurança, reiniciar o smartphone promove a renovação de processos internos e auxilia na estabilidade do sistema. Esse hábito, destacado por profissionais do setor, tende a ser ignorado por muitos usuários que raramente desligam o telefone, mantendo-o ativo durante semanas ou até meses seguidos.Por que reiniciar o celular é importante para a segurança?O procedimento de reinicialização regular age como uma barreira contra ameaças transitórias, como o malware não persistente, que atua apenas enquanto o dispositivo está em funcionamento, sem permanência no armazenamento interno. Ao limpar a memória volátil, o risco de ações maliciosas que dependem desse espaço é reduzido, dificultando a atuação de determinados tipos de ataques virtuais.A reinicialização não garante a eliminação de vírus instalados em profundidade, mas pode impedir a execução prolongada de ameaças que agem silenciosamente. Esse cuidado torna-se ainda mais relevante frente ao aumento de técnicas de invasão que se valem da volatilidade dos dados em RAM para escapar da detecção por antivírus tradicionais.A Agência de Segurança Nacional (NSA, na sigla em inglês) dos Estados Unidos, uma entidade conhecida por seu papel na proteção da segurança cibernética nacional, reforça a importância destas práticas. A NSA frequentemente destaca que a reinicialização regular dos dispositivos pode ser um meio simples e eficaz para mitigar a ação de malware não persistente, ajudando a manter a integridade de informações sensíveis que possam estar armazenadas nos dispositivos móveis dos usuários.Smartphone – Créditos: depositphotos.com / stockassoO que é malware não persistente? Como ele atua nos celulares?Malwares não persistentes, também conhecidos como fileless malware, diferenciam-se dos vírus convencionais por não deixarem rastros no armazenamento fixo do aparelho. Sua principal característica é operar somente na memória RAM, desaparecendo ao reiniciar o celular. Muitas vezes, esse tipo de ataque é disparado por ações cotidianas, como clicar em links maliciosos, abrir anexos suspeitos ou executar macros em documentos aparentemente inofensivos.A atuação desse malware coloca dispositivos atuais em uma situação delicada, pois muitas soluções de segurança tradicionais focam no monitoramento de arquivos físicos, deixando brechas para essas ameaças temporárias. Ao apagar todos os dados armazenados na RAM durante a reinicialização, o sistema remove automaticamente o código malicioso presente apenas nessa região.Atuação rápida: O malware entra em ação sem instalar arquivos visíveis.Detecção difícil: Operando na RAM, geralmente escapa de antivírus convencionais.Remoção simples: Após reiniciar, a ameaça desaparece junto com os dados temporários.Mexendo no smartphone – Créditos: depositphotos.com / HayDmitriyDe que forma a memória RAM influencia na segurança dos dispositivos móveis?A memória RAM desempenha papel central não só no desempenho, mas também na segurança dos dispositivos. Ela é responsável por armazenar informações temporárias e processos que permitem o funcionamento ágil de aplicativos e do próprio sistema operacional. Atualmente, dispositivos com maior capacidade de RAM conseguem executar múltiplas tarefas de maneira eficiente, porém essa facilidade também facilita a atuação de malware fileless, já que existe mais espaço disponível para execução temporária de scripts maliciosos.Ao desligar ou reiniciar o smartphone, todo o conteúdo que estava na RAM é perdido, incluindo possíveis ameaças que se instalam apenas nesse ambiente volátil. Por outro lado, vírus tradicionais que residem no armazenamento físico permanecem, exigindo ferramentas mais especializadas para sua eliminação.Reinicie o celular no mínimo uma vez por semana para limpar a memória temporária.Mantenha o sistema operacional e os aplicativos sempre atualizados.Instale antivírus confiáveis que monitorem atividades suspeitas em tempo real.Quais cuidados adicionais aumentam a proteção do seu smartphone?Além da reinicialização periódica, existem diversas práticas recomendadas para mitigar riscos. Baixar aplicativos exclusivamente de plataformas oficiais, como Google Play e App Store, é uma das formas mais seguras de evitar a instalação de programas indesejados. Outra recomendação é evitar clicar em links desconhecidos recebidos por e-mail, mensagens instantâneas ou redes sociais.O uso de redes Wi-Fi públicas sem proteção adequada expõe o dispositivo a ameaças externas, portanto, utilizar conexões confiáveis e considerar o emprego de VPNs são atitudes importantes. O hábito de criar senhas robustas e ativar recursos de autenticação em duas etapas também dificulta o acesso não autorizado às informações pessoais.Prefira instalar apps apenas de lojas oficiais.Evite acessar links suspeitos enviados por desconhecidos.Use autenticação de dois fatores para contas de maior relevância.Em 2025, diante do avanço das táticas de invasão digital, manter a rotina de cuidados simples, como reiniciar periodicamente o smartphone, contribui de forma significativa para a saúde digital dos dispositivos e a segurança das informações pessoais.O post NSA revela dica prática para aumentar segurança no celular apareceu primeiro em Terra Brasil Notícias.