Bitcoin faz nova máxima: por que a criptomoeda está batendo recordes?

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O Bitcoin (BTC) renovou sua máxima histórica nesta quinta-feira (10), superando os US$ 113 mil e consolidando um novo recorde, mesmo em sessão de alta no DXY, o índice do dólar que vem tendo correlação negativa com a criptomoeda. A nova marca veio menos de 24 horas após a criptomoeda ultrapassar brevemente os US$ 112 mil em algumas corretoras, antes de recuar para a faixa dos US$ 111 mil. Segundo analistas, o recuo pontual não alterou a trajetória de alta, sustentada por fatores estruturais e pela entrada persistente de capital institucional.Entenda, a seguir, os fatores que sustentam a alta do Bitcoin em 2025, e o que esperar daqui para a frente.Bitcoin como ativo de reservaNo segundo trimestre de 2025, empresas listadas em bolsa compraram mais de 159 mil BTC, elevando o total em tesouraria para 847 mil unidades, o equivalente a cerca de US$ 91 bilhões, segundo levantamento da gestora Bitwise. Essa cifra representa 4% da oferta total do ativo, que é limitada a 21 milhões de unidades.Companhias como MicroStrategy, MARA Holdings e a novata Twenty One estão entre as principais detentoras, com destaque também para a GameStop, que fez sua primeira aquisição com 4.710 BTC. Outra que anunciou planos de captar recursos para investir em criptoativos foi a Trump Media, da família Trump, dona da rede social Truth Social.Essa prática, que começou com a MicroStrategy, vem consolidando o Bitcoin como reserva de valor institucional, numa estratégia que faz algo até pouco tempo impensável: o coloca ao lado do ouro como proteção contra inflação. No Brasil, quem capitaneia a tendência é a Méliuz (CASH3).Regulação mais favorável (lá fora)Segundo especialistas, um dos catalisadores da alta é a aprovação do GENIUS Act pelo Senado dos EUA, lei que estabeleceu uma estrutura regulatória federal para stablecoins, passo considerado divisor de águas para o setor. A Circle, emissora da stablecoin USDC, aproveitou o novo clima e protagonizou um IPO de sucesso na NYSE, arrecadando US$ 1,1 bilhão com uma valorização de 168% no primeiro dia.Além disso, a Robinhood adquiriu a exchange Bitstamp e a Stripe comprou a provedora de carteiras Privy, em movimentos que indicam uma integração acelerada das finanças tradicionais com o universo cripto.Oferta limitada intensifica narrativa de escassezO Bitcoin tem mais de 95% de suas unidades já emitidas, e tem emissão cada vez mais desacelerada. Desde o último halving (corte pela metade na taxa de emissão), o ativo digital tem uma inflação anual menor do que a do ouro. Ou seja: em meio a uma demanda maior, a tendência é o preço subir. Ao mesmo tempo, segundo a gestora 21Shares, dados mostram que metade dos BTC não são movimentados há mais de três anos, e que os saldos em exchanges estão nos níveis mais baixos desde 2018, sugerindo indisposição dos detentores para vender. Isso, defende a casa, sugere um fenômeno conhecido como “choque de oferta”, quando uma demanda crescente encontra uma oferta reduzida, o que historicamente tende a impulsionar os preços.O que esperar agora?Embora ativos tradicionais como o S&P 500 e o Nasdaq-100 tenham apresentado desempenhos fortes em 2025 impulsionados pela inteligência artificial, o Bitcoin mostra sinais de que está entrando em uma fase mais madura e institucionalizada.Em nota ao mercado, Gerry O’Shea, chefe de análise global da Hashdex, destacou que o rali do Bitcoin é impulsionado por “fortes entradas em ETFs, adoção corporativa persistente por empresas com tesouraria em cripto e um clima regulatório cada vez mais positivo.”Segundo ele, mesmo com um ambiente macroeconômico ainda incerto, o bull market está longe de acabar. “Novos catalisadores, incluindo mais plataformas institucionais oferecendo acesso ao Bitcoin, podem levar o preço da criptomoeda para US$ 140 mil ou mais ainda este ano”, afirmou O’Shea.A analista técnica Ana de Mattos concorda com o momento positivo e ressalta que, mesmo após atingir novo recorde, o Bitcoin “continua com força compradora, o que sugere continuidade do movimento de alta.” The post Bitcoin faz nova máxima: por que a criptomoeda está batendo recordes? appeared first on InfoMoney.