A Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) manifestou preocupação com a decisão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de impor uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros a partir de 1º de agosto.Para a bancada, a medida representa um alerta ao equilíbrio das relações comerciais e políticas entre os dois países, com impactos diretos sobre o agronegócio nacional. Leia Mais Brasil não deve responder politicamente às tarifas de Trump, diz Volpon Câmara Americana de Comércio vê impacto severo e apela por racionalidade Análise: Governo prevê alto impacto no preço do café e da carne nos EUA “A nova alíquota produz reflexos diretos e atinge o agronegócio nacional, com impactos no câmbio, no consequente aumento do custo de insumos importados e na competitividade das exportações brasileiras”, afirmou a FPA em nota.O grupo parlamentar defende uma resposta baseada em diplomacia, mas com atuação coordenada do governo.“É momento de cautela, diplomacia afiada e presença ativa do Brasil na mesa de negociações”, destacou a frente, que reúne mais de 300 parlamentares.A FPA reiterou a importância de manter e fortalecer as tratativas bilaterais. “A diplomacia é o caminho mais estratégico para a retomada das tratativas”, concluiu.O anúncio foi feito pelo presidente Donald Trump nesta quarta-feira (9), em carta enviada ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva e publicada na rede Truth Social.Trump justificou a taxação como resposta ao que considera uma relação “muito injusta” com o Brasil e à atuação do Supremo Tribunal Federal no julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro, chamando o processo de “caça às bruxas”.Ele também ameaçou aumentar ainda mais as tarifas caso o Brasil adote retaliações comerciais.Uma reunião de emergência foi convocada por Lula no Palácio do Planalto com os ministros Geraldo Alckmin (Mdic), Fernando Haddad (Fazenda) e Mauro Vieira (Itamaraty).Amazon alerta: IA reduzirá força de trabalho no futuro