O cenário de seleção para cargos governamentais no Brasil acaba de passar por sua maior atualização em décadas com a sanção da Lei 14.965/2024. Aprovada pelo presidente Lula, a norma moderniza etapas, introduz tecnologias e promete acabar com inseguranças jurídicas que afetavam candidatos há mais de 20 anos.Como as provas digitais vão transformar a seleção de candidatos?Uma das inovações mais impactantes da legislação é a autorização oficial para a realização de provas digitais em processos seletivos. Essa mudança visa democratizar o acesso, permitindo que candidatos de regiões remotas participem de disputas nacionais sem os custos proibitivos de deslocamento.A tecnologia deve ser aplicada com rigorosos padrões de segurança para garantir a integridade do certame e evitar fraudes eletrônicas. O ambiente virtual seguro passa a ser uma alternativa viável ao papel, alinhando o setor público às práticas modernas de recrutamento corporativo.Confira o concurso público – Créditos: depositphotos.com / ChinnapongA avaliação de competências ganha destaque no novo modeloO texto legal estabelece que a seleção não deve medir apenas a capacidade de memorização, mas sim as habilidades práticas e comportamentais do indivíduo. A ideia é selecionar servidores que saibam aplicar o conhecimento teórico na resolução de problemas reais do cotidiano administrativo.Isso abre portas para etapas diversificadas, como simulações de tarefas, testes psicológicos mais robustos e avaliações de curso de formação como fase eliminatória. A qualificação técnica torna-se, portanto, mais dinâmica e menos focada apenas em marcar o “X” na alternativa correta.Confira os principais pilares que sustentam essa nova fase dos concursos:Diversificação de etapas: Uso de testes práticos e orais além da prova escrita tradicional.Acessibilidade geográfica: O formato online reduz barreiras para quem mora longe dos grandes centros.Segurança jurídica: Regras claras sobre editais e recursos diminuem a judicialização dos certames.Quando as novas regras se tornam obrigatórias no Brasil?Fazendo prova de um processo seletivo – Créditos: depositphotos.com / arrow_smith2Embora a lei já tenha sido sancionada, a obrigatoriedade plena para todas as instituições federais está prevista apenas para o ano de 2028. Esse período de transição foi desenhado para que órgãos organizadores e bancas examinadoras possam adaptar suas infraestruturas tecnológicas e logísticas.No entanto, a adesão antecipada é permitida, o que significa que editais lançados a partir de agora já podem incorporar as novidades se o órgão desejar. O governo federal espera que essa flexibilidade funcione como um laboratório prático para ajustar falhas antes da vigência total.Leia também: Nova Lei em SP define isenção de IPVA para motoristas mas com regras rigorosasA lei afeta estados e municípios automaticamente?A nova legislação aplica-se diretamente aos concursos da administração pública federal, autarquias e fundações da União. Estados e municípios não são obrigados a seguir a norma imediatamente, mas a tendência é que a padronização nacional ocorra por efeito cascata, servindo de modelo para legislações locais.Prepare-se para essa nova era de seleções focando não apenas em conteúdo teórico, mas no desenvolvimento de competências práticas exigidas para o cargo.Resumo das inovações na lei dos concursosA introdução de provas digitais ou híbridas facilita o acesso e reduz custos logísticos para os candidatos.O foco da avaliação migra da memorização pura para competências, habilidades práticas e perfil comportamental.A obrigatoriedade das regras começa em 2028, mas órgãos federais já podem aplicar as mudanças voluntariamente.O post A nova lei dos concursos transforma provas digitais em regra e muda como candidatos são avaliados apareceu primeiro em Terra Brasil Notícias.