Os setores de Hospedagem e Alimentação no Brasil devem faturar R$ 80 bilhões em dezembro, revelou o levantamento do Fhoresp (Núcleo de Pesquisa e Estatística da Federação de Hotéis, Restaurantes e Bares do Estado de São Paulo).O resultado deve ser alcançado devido à combinação entre o aumento de turistas em viagens e o aquecimento do mercado interno, indicou a organização.Segundo o coordenador do Núcleo de Pesquisa da Fhoresp e economista, Luís Carlos Burbano, dezembro é considerado o melhor mês para os dois segmentos, em razão das férias escolares, festas de fim de ano e do pagamento do 13º salário aos trabalhadores. Leia Mais Governo propõe orçamento de R$ 2,6 bi para Programa Luz para Todos em 2026 Preços ao produtor no Brasil recuam 0,48% em outubro na 9ª queda seguida Poupança no Brasil registra em novembro 5º mês seguido de saques, diz BC Para Burbano, esses três fatores constroem uma boa imagem do Brasil no exterior e fazem com que o turismo ganhe força, movimentando o setor de serviços.Apesar da boa estimativa para o período, a entidade também apontou que a inflação no país segurou o crescimento real no caixa dos estabelecimentos.Em novembro, o IPCA-15, prévia da inflação brasileira, cresceu 0,20% segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), alta influenciada principalmente pelo grupo Despesas pessoais (0,85%), com altas na hospedagem (4,18%) e no pacote turístico (3,90%).Cenário de inflação e pressão sob preçosA projeção mostra que o volume de recursos injetado apenas no setor de Hospedagem deve chegar a R$ 11,1 bilhões em dezembro. Ao mesmo tempo, o segmento de Alimentação Fora do Lar deverá movimentar R$ 69 bilhões.Por outro lado, os setores carregam boa parte da inflação, o que faz com que ambos reduzam a própria margem de lucro para não repassar os aumentos ao cliente final.Segundo o diretor-executivo da Federação, Edson Pinto, o “setor é fortemente pressionado por custos crescentes de alimentos, de energia, de aluguel, de salários e de insumos. Então, mesmo com aumento na demanda de serviços, precisamos equilibrar as contas. As margens continuam apertadas.”O estudo da Fhoresp também mostrou que o acumulado da inflação no Brasil, medido pelo IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) chegou em 27% entre desde 2023.Para Edson Pinto, a pressão inflacionária não apenas reduz os ganhos ,mas também faz com que o empresário opere no limite.“Trabalhamos com uma carga tributária altíssima, mais os encargos trabalhistas e a inflação do setor. Somos um dos maiores empregadores do Brasil e temos um longo caminho a ajustar para fazer com que as contas fechem no fim do mês”, disse.https://stories.cnnbrasil.com.br/economia/pib-brasil-deixa-lista-das-10-maiores-economias-do-mundo-e-cai-para-11%c2%ba/