Paulinho da Força ignora pressão do PL por anistia e vai insistir em projeto de redução de pena

Wait 5 sec.

O relator do projeto de lei sobre a anistia aos envolvidos nos atos de 8 de Janeiro, deputado Paulinho da Força (Solidariedade-SP), reafirmou nesta terça-feira (30) que seguirá defendendo a redução de penas, apesar da pressão de aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que insistem em uma anistia mais ampla. “Continuo defendendo a minha ideia de apresentar o relatório nessas condições (de redução de penas)”, disse o parlamentar após reunião com o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, e com o líder do partido na Câmara, Sóstenes Cavalcante (RJ).A posição, no entanto, contrasta com a do PL, que cobra anistia “ampla, geral e irrestrita” — ainda que a expressão esteja proibida entre correligionários. “Vamos continuar insistindo que a redução de penas não resolve o problema. Pessoas já cumpriram um sexto da pena. O que cabe é anistia, mas jamais nos fecharemos ao diálogo”, afirmou Sóstenes. Paulinho tem mantido uma intensa agenda de reuniões. Na semana passada, esteve com a bancada bolsonarista, quando chegou a ser hostilizado. Ele também se encontrou com Sóstenes em outras ocasiões e, nesta quarta-feira (1º), deve conversar com familiares de presos pelos atos golpistas. Siga o canal da Jovem Pan News e receba as principais notícias no seu WhatsApp! WhatsApp Ainda nesta terça, o deputado se reúne com integrantes do PSD e do PCdoB e pretende dialogar com o Senado antes de apresentar seu relatório. O movimento busca reduzir tensões entre as Casas após a crise provocada pela chamada PEC da Blindagem. O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), deve se reunir com o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), para tratar do tema. Paulinho também sinalizou que deseja ouvir o ex-ministro petista José Dirceu. “Tenho relação com Zé desde 1980, sempre fui amigo dele e quero ouvir ele um pouco”, declarou. Leia também Deputado do MDB propõe ensino de inteligência artificial nas escolas brasileiras Tarcísio descarta envolvimento do PCC em casos de bebidas adulteradas com metanol em SP *Com informações do Estadão Conteúdo