A Polícia Civil e o Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) deflagraram nesta quinta-feira (2) mais uma fase da Operação Asfixia, contra a expansão territorial do Comando Vermelho. A ação teve como foco a Região Serrana, sobretudo Petrópolis, e se estendeu ao Complexo da Maré, na Zona Norte da capital. Até a última atualização, 11 pessoas haviam sido presas, entre elas o sargento da PM Bruno da Cruz Rosa, lotado no 20º BPM (Mesquita), e o assessor da Prefeitura de Petrópolis, Robson Esteves de Oliveira. Ambos são apontados como informantes da facção.Segundo a investigação, Bruno Rosa recebia dinheiro para repassar informações sobre operações policiais e até chegou a auxiliar na instalação de GPS em viaturas da corporação. Já Robson Esteves, que atuava na Secretaria de Serviços de Petrópolis, também fornecia dados sigilosos ao grupo criminoso. Após a prisão, ele foi exonerado do cargo.A operação foi marcada por intensos tiroteios na Maré, onde agentes da Core (Coordenadoria de Recursos Especiais) entraram com blindados e helicópteros. Ao todo, foram expedidos 18 mandados de prisão e determinado o bloqueio de cerca de R$ 700 mil em bens ligados ao CV. Por segurança, 32 escolas precisaram ser fechadas (30 municipais e 2 estaduais) e duas unidades de saúde interromperam parte de suas atividades na região.As investigações apontam que Petrópolis funcionava como entreposto para a distribuição de drogas e armas do Comando Vermelho na Região Serrana. O esquema seria comandado por Wando da Silva Costa, o “Macumbinha”, e por Luis Felipe Alves de Azevedo, braço direito dele. Ambos estão foragidos. De acordo com o MPRJ, 56 pessoas foram denunciadas por associação para o tráfico de drogas e corrupção ativa. Entre elas estão familiares de Macumbinha, responsáveis por logística, coleta de valores e fornecimento de informações privilegiadas. Siga o canal da Jovem Pan News e receba as principais notícias no seu WhatsApp! WhatsApp A Polícia Militar informou que a Corregedoria acompanhou o cumprimento do mandado contra o sargento Bruno Rosa, que foi levado para a unidade prisional da corporação em Niterói e responderá a processo administrativo que pode resultar em expulsão. A Prefeitura de Petrópolis afirmou que não tinha conhecimento de atividades ilícitas praticadas por Robson Esteves e destacou que ele mantinha “vida paralela” às funções exercidas no Executivo. O prefeito determinou a exoneração imediata do servidor. Leia também Polícia faz operação contra expansão do Comando Vermelho no Rio de Janeiro Superior Tribunal de Justiça manda soltar o rapper Oruam Publicado por Felipe Dantas*Reportagem produzida com auxílio de IA