Mini-índice cai 1% e testa média móvel de 200 períodos

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O mini-índice (WINV25), ou Ibovespa futuro, encerrou esta terça-feira (2) em queda de 1,03%, aos 144.700 pontos, refletindo a aversão a risco dos investidores diante das preocupações fiscais no Brasil e do impacto da paralisação do governo dos Estados Unidos.Segundo relatório de análise técnica do BTG Pactual, o índice tocou a média móvel de 200 períodos, na região dos 145.740 pontos, e encontrou na proximidade desse patamar um suporte relevante para os preços. Esse indicador segue sendo a principal referência para a leitura da tendência.A visão do banco aponta que, no curto e médio prazo, o movimento ainda é de baixa. No entanto, no longo prazo, a expectativa é de retomada de alta. Para que esse cenário se confirme, o índice precisa voltar a negociar acima dos 147 mil pontos e romper a resistência em torno dos 148 mil pontos.Já o dólar futuro para outubro avançou 0,34%, cotado a R$ 5,379. A análise aponta para um cenário de indecisão do mercado, com o ativo próximo da média de 200 períodos em 5.370.VEJA TAMBÉM: ASSAÍ x GPA, privatização da COPASA e PETROBRAS no radar dos analistas; hora de comprar ou vender? Confira o novo episódio do Money Picks no YoutubeUm eventual rompimento desse patamar não reverte a tendência de baixa, mas pode abrir espaço para uma recuperação tática até a região dos 5.400.Mini-índice e dólar futuro do lado fundamentalistaNo exterior, o DXY — índice que mede o dólar frente a seis moedas globais — avançava 0,16%, a 97.868 pontos.Nos Estados Unidos, segue em foco a paralisação (shutdown) da máquina pública, que começou em 1º de outubro. Apesar da expectativa de que o impasse não dure muitas semanas, o bloqueio já deve adiar a divulgação de indicadores cruciais, como o payroll, inicialmente previsto para quinta-feira (3)Para Marcos Praça, diretor de análise da Zero Markets Brasil, porém, a piora fiscal brasileira foi o principal gatilho para a alta do dólar futuro e queda do mini-índice.O pregão foi dominado pelo temor com o avanço de medidas fiscais consideradas de forte impacto. Entre elas, a possível isenção total das tarifas de ônibus no país, após reportagem do Diário do Grande ABC, e a aprovação no Congresso de mudanças no Imposto de Renda (IR) — com isenção para salários de até R$ 5 mil, desconto para rendas de até R$ 7,3 mil e criação de alíquota de 10% para os super-ricos.“O cenário fiscal voltou a pressionar o real ante o dólar, com investidores precificando rumores de novas medidas do governo, como a proposta de zerar as tarifas de ônibus”, disse.Segundo analistas, parte do mercado teme não apenas os efeitos fiscais imediatos, mas também a influência dessas medidas no cenário eleitoral de 2026.