O governo da Argentina pediu à Justiça da província de Buenos Aires que aplique a lei antimáfia ao caso do assassinato de três jovens, sequestradas, torturadas e mortas por uma quadrilha ligada ao narcotráfico. O crime, ocorrido na região metropolitana da capital, foi transmitido ao vivo em uma rede social e acompanhado por pelo menos 45 pessoas, segundo a polícia.A ministra da Segurança, Patrícia Bullrich, afirmou que a medida permitiria responsabilizar não apenas os executores, mas toda a cadeia da organização criminosa. Ela também defendeu a aplicação da pena máxima para quem assistiu ou compartilhou o vídeo, argumentando que o consumo desse tipo de conteúdo reforça a violência e amplia o alcance da intimidação promovida pelas facções. Siga o canal da Jovem Pan News e receba as principais notícias no seu WhatsApp! WhatsApp De acordo com as autoridades, a transmissão teria sido usada como forma de demonstração de poder, em estratégia semelhante à adotada por cartéis mexicanos. O episódio intensificou o alerta sobre o avanço do narcotráfico no país vizinho e escancarou uma nova fase da criminalidade, em que a violência é explorada como espetáculo midiático.Organizações de direitos humanos, por outro lado, pedem cautela em relação à punição de espectadores, ressaltando que muitas pessoas foram expostas ao vídeo de forma involuntária. Enquanto isso, a polícia segue nas buscas por integrantes da quadrilha, que ainda permanece ativa na região. O caso, considerado um dos mais chocantes dos últimos anos no país, provocou forte comoção internacional e reacendeu o debate sobre o enfrentamento ao crime organizado na Argentina. Leia também Venezuela denuncia que caças dos EUA 'ousaram se aproximar' de suas costas Netanyahu elogia Marinha israelense por interceptar flotilha que viajava para Gaza